Saúde em foco: carta pede prioridade à saúde nas ações climáticas da COP30
Mais de 250 organizações entregam carta em Brasília para fortalecer a saúde na agenda climática global
Com dados da assessoria de imprensa, foi entregue em Brasília a carta “Pela saúde no centro da ação climática”, um documento assinado por mais de 250 organizações, movimentos, médicos e profissionais da saúde. A carta foi recebida pela epidemiologista e enfermeira Ethel Maciel, enviada especial para a saúde na COP30, durante um encontro na Universidade de Brasília (UnB). O objetivo é que o Brasil lidere um esforço internacional para consolidar a saúde como prioridade transversal nas políticas climáticas.
A iniciativa foi conduzida pelo Movimento Médicos pelo Clima, idealizado pelo Instituto Ar, e contou com a presença de representantes da sociedade civil e entidades médicas. Entre os participantes estavam a médica pneumologista Danielle Bedin, a líder do movimento Brenda Kauane e o professor Swedenberger Barbosa, do Centro Internacional de Bioética e Humanidades da UnB.
Ethel Maciel destacou que sua função na COP30 será atuar como interlocutora estratégica para incorporar as pautas de saúde na agenda oficial da conferência. Ela ressaltou que “a saúde é clima e clima é saúde. Não tem como dissociar isso mais”. A epidemiologista também mencionou a importância dos eventos que antecedem a COP30, que envolverão profissionais de saúde e formadores de opinião, além da colaboração com parceiros estratégicos como o Ministério da Saúde e fundações internacionais que financiam ações de adaptação climática.
A carta reforça o papel do Brasil na presidência da COP30 e propõe o fortalecimento do Plano de Ação em Saúde de Belém, uma iniciativa internacional liderada pelo país para ajudar na adaptação dos sistemas de saúde aos efeitos das mudanças climáticas. Também pede financiamento climático específico para ações em saúde e a inclusão do tema nos principais documentos da conferência.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a crise climática será responsável por cerca de 250 mil mortes anuais entre 2030 e 2050, devido a problemas como desnutrição, malária, diarreia e estresse térmico. Os serviços de saúde terão custos estimados entre US$ 2 a 4 bilhões por ano para enfrentar esses desafios.
A médica Danielle Bedin reforça a urgência do tema: “A mudança climática está acontecendo agora, o calor está aumentando agora e se a gente não cuidar agora, os estragos vão ser ainda maiores no futuro”. Ela destaca a importância de os profissionais de saúde estarem conscientes e atuantes na discussão, tanto entre colegas quanto com a população.
O Movimento Médicos pelo Clima, criado em 2020 pelo Instituto Ar, é pioneiro no Brasil ao mobilizar a classe médica para o enfrentamento da mudança climática e da poluição do ar. Com mais de 15 mil profissionais alcançados, o movimento atua em advocacy, produção científica e mobilização, participando de redes nacionais e internacionais. Suas ações incluem publicações, eventos e iniciativas educativas que colocam a saúde como elemento central na agenda climática.
O Instituto Ar, fundado há mais de 16 anos, é referência na conexão entre saúde, clima e qualidade do ar, atuando para proteger a saúde humana por meio do combate às mudanças climáticas e à poluição atmosférica, influenciando políticas públicas e mobilizando a sociedade por um ar e um clima mais saudáveis.
Esta mobilização destaca a importância de integrar saúde e clima nas políticas globais, buscando proteger vidas e garantir um futuro sustentável para todos.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



