Pesquisa revela que líderes brasileiros valorizam tradição, disciplina e regras

Uma pesquisa recente realizada pela Hogan Assessments, em parceria com a Ateliê RH, revelou um perfil surpreendente dos líderes brasileiros, que foge do estereótipo global de informalidade e descontração associado ao país. Com base em dados de mais de 2.800 executivos brasileiros, o estudo comparou os resultados com benchmarks globais e apontou que os líderes no Brasil são mais tradicionais, disciplinados e orientados a regras.

O levantamento mostra que os executivos brasileiros apresentam um perfil motivacional que valoriza fortemente a estrutura, a tradição e o profissionalismo. Eles têm uma clara preferência por fazer as coisas “da maneira certa” e manter altos padrões de conduta. No dia a dia, esses líderes são ambiciosos e disciplinados, definindo metas ousadas, mas com foco na organização, no processo e na execução.

Sob pressão, os líderes brasileiros tendem a se tornar excessivamente confiantes e resistentes a feedbacks, embora permaneçam acessíveis, empáticos e atentos às pessoas ao seu redor. Esse equilíbrio sugere um estilo de liderança orientado a objetivos e valores, que alia inteligência emocional ao respeito pela estrutura e tradição.

Um dos pontos mais destacados no estudo é a valorização da Tradição, com uma diferença de 13 pontos percentuais em relação aos líderes globais. Isso indica que esses líderes prezam pela história, convenções e altos padrões éticos, acreditando que há uma maneira certa e errada de fazer as coisas. Por outro lado, o motivador com menor pontuação é o Hedonismo, o que reforça a preferência por ambientes profissionais e formais, com menor ênfase na diversão no trabalho.

No aspecto comportamental, os líderes brasileiros são ligeiramente mais ambiciosos que a média global e apresentam alta pontuação em Prudência, o que os torna orientados por regras, confiáveis e organizados. Essa combinação gera um estilo de liderança disciplinado e focado em resultados, embora possa ser percebida como rígida ou excessivamente controladora em alguns contextos.

No entanto, o estudo também aponta um desafio: os líderes brasileiros apresentam um índice elevado de Arrogância sob pressão, o que pode levar à superestimação das próprias habilidades e resistência a feedbacks. Ainda assim, são vistos como educados, gentis e capazes de compreender as emoções dos outros, o que contribui para um estilo de liderança carismático e comunicativo.

Roberto Santos, sócio-diretor da Ateliê RH, destaca que esse perfil contraria a visão global do brasileiro como alguém informal e despreocupado. “Na prática, espera-se que os líderes brasileiros sigam regras, mantenham padrões e se concentrem diretamente no negócio”, afirma. Ele também ressalta que, apesar do estilo autoritário e paternalista, a liderança brasileira é temperada pela hospitalidade e informalidade, especialmente ao lidar com pessoas de fora.

Por fim, a pesquisa traz uma reflexão importante para as organizações: embora o estilo “comando e controle” seja predominante, é essencial que os líderes estejam abertos a receber feedbacks e incluir diferentes perspectivas para ampliar sua influência e o engajamento das equipes.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados da assessoria de imprensa da Ateliê RH e Hogan Assessments.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA