Perda gestacional: 7 atitudes que acolhem e 5 frases que devem ser evitadas
Entenda como apoiar quem enfrenta o luto perinatal com empatia e respeito, segundo psicóloga especialista
A perda de um bebê durante a gestação ou logo após o nascimento é uma dor profunda que vai além da ausência física, representando o fim de sonhos e expectativas. Apesar de ser uma experiência comum, ainda é cercada por tabus e silêncios. Com dados da assessoria de imprensa, a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline, destaca a importância do acolhimento psicológico para quem enfrenta esse tipo de luto.
Segundo Rafaela, “o luto perinatal não é apenas sobre a morte do bebê, mas sobre o vínculo e os planos interrompidos. Validar essa dor é essencial para que o acolhimento aconteça de forma verdadeira”. Ela reforça que o processo de luto é único para cada pessoa, sem prazo definido para a superação. “O que importa é observar como a tristeza impacta o cotidiano. Quando há isolamento prolongado ou pensamentos de desesperança, pode ser o momento de buscar apoio especializado”.
Para ajudar no apoio a famílias que passaram por essa perda, a psicóloga lista sete atitudes que acolhem de verdade:
1) Ouvir sem julgar, valorizando o silêncio respeitoso em vez de dar conselhos;
2) Dizer “sinto muito”, validando a dor com empatia;
3) Evitar comparações, pois cada perda é única;
4) Oferecer ajuda prática, como preparar comida ou ajudar nas tarefas domésticas;
5) Respeitar rituais que ressignificam a dor, como fotos e lembranças do bebê;
6) Incluir o pai no processo, reconhecendo seu luto silencioso;
7) Acompanhar a família nas semanas seguintes, quando o sofrimento pode se tornar mais silencioso.
Por outro lado, cinco frases devem ser evitadas, pois diminuem o sofrimento: “Foi melhor assim”, “Você pode tentar de novo”, “Pelo menos foi cedo”, “Deus sabe o que faz” e “Seja forte”. Rafaela enfatiza que “o verdadeiro acolhimento é feito de presença, não de respostas prontas”.
Um avanço importante para essas famílias é a Lei 15.139/2025, que criou a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental. A lei garante atendimento psicológico pelo SUS, acolhimento humanizado nas maternidades, acesso a exames para apurar a causa da perda e o direito ao registro do bebê natimorto com o nome escolhido. “É um avanço importante no combate ao julgamento e à solidão enfrentada por muitas famílias”, afirma a psicóloga.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma em cada quatro gestações termina em perda, o que torna urgente o debate aberto e empático sobre o tema. “Discutir o tema ajuda a romper tabus, validar o sofrimento das famílias e incentivar práticas de acolhimento mais empáticas e humanizadas”, conclui Rafaela Schiavo.
Este conteúdo reforça a importância de acolher com sensibilidade e respeito, promovendo um ambiente de apoio para quem enfrenta o luto perinatal.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



