Dor na mama nem sempre é câncer, mas merece atenção cuidadosa
Entenda os sinais que seu corpo envia e a importância da prevenção para a saúde feminina
Muitas mulheres acreditam que apenas o aparecimento de um nódulo é motivo para procurar ajuda médica. Mas o corpo fala de muitas outras formas.
Dores nas mamas, alterações na pele ou secreções podem ter diferentes causas — desde o ciclo menstrual e o uso de anticoncepcionais até o sutiã inadequado. Nem sempre dor na mama significa câncer. Ela pode estar relacionada a alterações hormonais, mas ainda assim precisa ser observada com atenção.
No entanto, é importante ficar alerta: se a dor vier acompanhada de caroço, secreção pelo mamilo ou mudanças na pele da mama, como vermelhidão, retração ou descamação, é hora de procurar a ginecologista.
Os dados mais recentes do Panorama do Câncer de Mama 2025 mostram por que a atenção precoce é tão essencial. Segundo o levantamento, o Brasil ainda está muito abaixo da meta de rastreamento recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS): apenas 23,7% das mulheres entre 50 e 69 anos realizam mamografias dentro do intervalo ideal de dois anos — quando o recomendado é 70%. Além disso, quase 40% dos casos são diagnosticados tardiamente, em estágios mais avançados da doença.
Esses números mostram que ainda precisamos falar sobre prevenção de forma acessível e constante.
Neste Outubro Rosa, é importante reforçar que cuidar da saúde vai muito além da mamografia: prevenção também é escutar o próprio corpo. Fazer o autoexame com regularidade e manter as consultas de rotina são atitudes simples que salvam vidas.
A mensagem é clara: a prevenção é o caminho mais seguro para cuidar da sua saúde.
Por Dra. Camila Bolonhezi
ginecologista e CEO do Instituto Macabi
Artigo de opinião



