Prevenção ou exagero? Quando começar procedimentos estéticos com consciência
Entenda como a estética preventiva transforma o cuidado com a pele e os desafios éticos envolvidos
Com dados da assessoria de imprensa, o debate sobre a idade certa para iniciar procedimentos estéticos ganha destaque no universo feminino. A chamada “estética preventiva” ou prejuvenation tem conquistado jovens entre 25 e 35 anos, que buscam retardar os sinais do envelhecimento antes mesmo que eles apareçam. No entanto, a linha entre prevenção e exagero ainda gera dúvidas e preocupações entre especialistas.
Segundo a cirurgiã plástica Dra. Ana Penha Scaramussa Ofranti, “a indicação de tratamentos como toxina botulínica ou preenchimentos depende da avaliação individual. O ideal é que os cuidados comecem com hábitos básicos, como o uso diário de protetor solar e a manutenção da saúde cutânea”. A decisão, portanto, não deve se basear apenas na idade cronológica, mas sim no diagnóstico médico e nas necessidades reais da pele.
O fenômeno do prejuvenation surgiu nos Estados Unidos e rapidamente se espalhou pelas redes sociais, onde lasers, bioestimuladores de colágeno e toxina botulínica são vistos como aliados da rotina de autocuidado, não apenas como correções. Um levantamento da American Society for Dermatologic Surgery (ASDS) revela que cerca de 15% dos jovens entre 18 e 24 anos já realizaram algum tratamento estético não invasivo, e outros 12% pretendem fazê-lo em breve. No Brasil, essa busca por procedimentos preventivos cresce especialmente entre os 25 e 30 anos.
Apesar dos avanços tecnológicos e da segurança dos tratamentos, os especialistas alertam para os riscos do excesso. Aplicações repetidas de toxina botulínica podem levar à resistência do organismo, enquanto o uso exagerado de preenchedores pode comprometer a expressão natural e causar desarmonia facial. “Cada paciente envelhece de forma diferente. O que para um é prevenção, para outro pode ser exagero. O equilíbrio deve ser guiado pelo bom senso, e não pelas tendências das redes sociais”, enfatiza a médica.
Além dos aspectos físicos, há um impacto emocional importante. A pressão estética gerada pelo uso constante de filtros e imagens perfeitas nas redes sociais tem levado ao aumento de casos de dismorfia do filtro, em que pacientes buscam reproduzir rostos idealizados. “A decisão de realizar um procedimento deve nascer do desejo genuíno de se sentir bem, e não da tentativa de atender a padrões irreais de beleza”, reforça a Dra. Ana Penha.
Por fim, a medicina estética moderna oferece recursos eficazes para preservar a harmonia e retardar os sinais do tempo, mas o sucesso dos tratamentos depende mais do propósito do que da idade. Muitas vezes, o melhor investimento ainda está nos cuidados simples: sono adequado, alimentação equilibrada, hidratação e proteção solar. A verdadeira beleza preventiva está no autoconhecimento e na intenção consciente de envelhecer com saúde e naturalidade.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA