Nádia Taquary inaugura exposição sobre ancestralidade e força feminina negra no Sesc Belenzinho

A artista baiana apresenta esculturas e instalações que dialogam com mitos iorubás e a espiritualidade afro-brasileira

A artista baiana Nádia Taquary, reconhecida por sua participação na 36ª Bienal de São Paulo, inaugura no próximo dia 23 de outubro a exposição individual Ònà Ìrìn: caminho de ferro, no Sesc Belenzinho, em São Paulo. A mostra, que fica em cartaz até 22 de fevereiro de 2026, reúne esculturas, objetos-esculturas, instalações e uma videoinstalação que exploram temas como ancestralidade e a força feminina negra, elementos centrais na cosmologia afro-brasileira.

Com curadoria de Amanda Bonan, Ayrson Heráclito e Marcelo Campos, a exposição já passou pelo Museu de Arte do Rio (MAR) em 2023 e pelo Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB), em Salvador. No Sesc Belenzinho, o projeto ganha uma nova ambientação que intensifica sua dimensão sensorial e simbólica, convidando o público a uma travessia simbólica que conecta o visível e o invisível, entrelaçando criação, tempo e espiritualidade.

A trajetória de Nádia Taquary, iniciada em 2010 com a pesquisa da joalheria afro-brasileira, especialmente as pencas de balangandãs — conjuntos de pingentes metálicos usados por mulheres negras escravizadas e libertas na Bahia dos séculos XVIII e XIX — é revisitada na mostra. Esses objetos carregavam símbolos de fé, proteção e prosperidade, funcionando como formas de resistência e autonomia. Desde então, sua produção expandiu-se para esculturas e instalações de grande escala, utilizando materiais como búzios, miçangas, palhas e metais para expressar o sagrado e o feminino em formas híbridas.

Segundo o curador Marcelo Campos, “essa mostra não organiza conhecimento sobre arte, mas trata da vida — do surgimento da vida, da superação dos medos e da presença feminina nos mitos da criação”. A exposição não é uma retrospectiva, mas articula diferentes momentos da carreira da artista, transformando sua trajetória em uma experiência que une memória, mito e espiritualidade, destacando a presença feminina negra como força criadora e princípio de mundo.

Além da exposição no Sesc, Nádia Taquary também participa da 36ª Bienal de São Paulo com a obra Ìrókó: Árvore Cósmica, que estabelece um diálogo direto com o conjunto apresentado na mostra. A obra se inspira na tradição iorubá, segundo a qual a árvore Ìrókó é o caminho pelo qual os orixás descem à Terra, fundamentando a pesquisa da artista.

A exposição Ònà Ìrìn: caminho de ferro é uma oportunidade única para o público conhecer mais profundamente a arte contemporânea afro-brasileira e refletir sobre a ancestralidade e a espiritualidade que permeiam a cultura negra. A entrada é gratuita, e o Sesc Belenzinho oferece acessibilidade completa para todos os visitantes.

Serviço:
– Abertura: 23 de outubro de 2025, às 19h
– Período: 24 de outubro de 2025 a 22 de fevereiro de 2026
– Local: Sesc Belenzinho, São Paulo
– Horário: Terça a sábado, das 10h às 21h; domingos e feriados, das 10h às 18h
– Entrada gratuita

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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