Meu filho está sofrendo bullying: como identificar e agir no Dia de Combate ao Bullying
Entenda os sinais de bullying e saiba como proteger seu filho com orientações de especialistas
No Dia da Consciência e Combate ao Bullying, celebrado em 20 de outubro, é fundamental discutir uma realidade preocupante nas escolas brasileiras: o bullying. Segundo pesquisa do DataSenado, cerca de 6,7 milhões de estudantes, o que representa 11% dos alunos matriculados no país, sofreram algum tipo de violência escolar no último ano. Quando se trata especificamente de bullying, o índice sobe para 33%, afetando aproximadamente 20 milhões de jovens.
O bullying pode se manifestar de diferentes formas, incluindo agressões físicas, verbais, psicológicas, ciberbullying, sexual e social. Cada tipo traz consequências graves que ultrapassam o ambiente escolar, impactando a saúde mental e emocional das vítimas. Estudos indicam que estudantes que passam por esse tipo de violência têm maior risco de desenvolver ansiedade, depressão, distúrbios alimentares e até transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Além disso, há um aumento significativo nos casos de suicídio entre jovens vítimas.
A professora de psicologia da Afya Centro Universitário Itaperuna, Dra. Mariana Ramos, destaca a importância da detecção precoce para minimizar os efeitos do bullying. Ela reforça que pais e educadores devem criar um ambiente de confiança para que a criança se sinta segura para compartilhar suas experiências. “É extremamente importante que pais e educadores estejam atentos aos sinais de bullying e promovam um ambiente escolar seguro e inclusivo”, afirma.
Entre os sinais que podem indicar que seu filho está sofrendo bullying estão mudanças bruscas de comportamento, como isolamento, irritabilidade, medo de ir à escola e queda no rendimento escolar. Sintomas físicos sem causa aparente, como dores de cabeça e estômago, alterações no sono e apetite, ansiedade antecipatória, resistência em sair de casa, angústia após o uso do celular e comportamentos autodestrutivos também são alertas importantes.
Caso haja suspeita de bullying, a especialista orienta buscar apoio profissional e dialogar com a escola para soluções conjuntas. “A intervenção precoce é essencial para garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes”, explica Dra. Mariana. Ela ressalta a necessidade do acolhimento sem julgamentos, evitando minimizar o sofrimento com frases como “isso é bobagem” ou “você precisa ser mais forte”. A criança precisa sentir-se ouvida e protegida.
Além disso, a comunicação assertiva com a escola é fundamental. “Comunique a escola, registre o ocorrido e solicite acompanhamento psicológico, tanto para a vítima quanto para os envolvidos. É importante lembrar que o agressor também necessita de apoio, muitas vezes, ele próprio já foi vítima em outro contexto”, conclui a psicóloga.
Para combater o bullying, a implementação de programas de prevenção nas escolas, como palestras, rodas de conversa, oficinas e campanhas de conscientização, é essencial. Essas ações fortalecem o respeito às diferenças, a empatia e as habilidades socioemocionais, criando um ambiente escolar mais acolhedor e colaborativo. Treinamentos para professores, espaços de escuta psicológica e a integração entre família e escola são estratégias importantes para um cuidado compartilhado.
Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa da Afya, reforçando a importância do engajamento de toda a comunidade escolar e familiar no combate ao bullying e na promoção da saúde emocional das crianças e adolescentes.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA


