Cuidados paliativos: viver com qualidade e dignidade até o fim

Entenda como a saúde mental transforma o cuidado e promove bem-estar para pacientes e famílias

Os cuidados paliativos são frequentemente mal compreendidos como um preparo para a morte, mas, na verdade, seu foco principal é garantir qualidade de vida para pacientes com doenças graves e seus familiares. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 56,8 milhões de pessoas no mundo necessitam desse tipo de cuidado anualmente, sendo que no Brasil aproximadamente 1 milhão de pessoas precisam de assistência paliativa, mas menos de 15% têm acesso a esses serviços.

A psiquiatra Paula Correa de Araújo, do grupo ViV Saúde Mental e Emocional, destaca a importância da saúde mental nesse contexto. “Cuidar da saúde mental é cuidar da vida. Nos cuidados paliativos, isso significa reconhecer o sofrimento como legítimo e oferecer recursos para que o paciente e sua família possam atravessar esse momento com sentido e equilíbrio”, explica.

O suporte psiquiátrico atua em conjunto com a equipe multiprofissional para lidar com ansiedade, depressão, medo da dor e da perda de autonomia, sentimentos comuns entre pacientes em tratamento paliativo. Mais do que tratar sintomas, a psiquiatria valida a dor emocional e ajuda o paciente a reencontrar propósito, mesmo diante da finitude.

Entre as abordagens eficazes estão a Meaning-Centered Psychotherapy, que auxilia na reconstrução do significado da vida; a Dignity Therapy, que estimula reflexões sobre legado e identidade; e a CALM, focada no enfrentamento do sofrimento emocional em pacientes com câncer avançado. Pesquisas indicam que essas terapias reduzem sintomas depressivos e ansiosos, melhoram o bem-estar espiritual e ampliam a percepção de qualidade de vida.

Além do paciente, os familiares também recebem atenção especial, pois enfrentam o luto antecipado e o medo da perda, o que pode gerar sobrecarga emocional. A psiquiatria oferece psicoeducação, grupos de apoio e psicoterapia breve para reduzir riscos de adoecimento mental e luto patológico. “Quando acolhemos o sofrimento da família, também estamos cuidando do paciente, porque isso cria um ambiente emocionalmente mais saudável, favorecendo o vínculo e a serenidade de todos os envolvidos”, complementa Paula.

Outro ponto fundamental é o início precoce do acompanhamento psiquiátrico. “Esperar as fases terminais priva o paciente de recursos importantes para viver com mais autonomia e serenidade”, alerta a especialista. O suporte desde o diagnóstico fortalece estratégias de enfrentamento e promove comunicação empática entre paciente, família e equipe de saúde.

Um estudo publicado na revista The Lancet Global Health (2022) reforça que a integração precoce dos cuidados paliativos, incluindo suporte psicológico, pode aumentar em até 30% os indicadores de qualidade de vida e reduzir o sofrimento emocional em mais de 40% dos pacientes com doenças graves.

Para a psiquiatra Paula Correa de Araújo, compreender os cuidados paliativos é resgatar o verdadeiro sentido do cuidar. “Não se trata de desistir do tratamento, mas de continuar cuidando de outra forma, uma forma que reafirma a vida, mesmo quando ela se aproxima do fim. Porque viver com dignidade, conforto e saúde mental é o que realmente importa.”

Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa, destacando a relevância de ampliar o debate sobre cuidados paliativos e saúde mental para uma vida mais digna e equilibrada.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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