Como identificar problemas ortopédicos comuns em crianças: guia para os pais
Entenda os sinais que indicam quando a dor ou desalinhamentos no corpo dos pequenos merecem atenção médica
Crescer é um processo cheio de descobertas e mudanças para as crianças. No entanto, para os pais, distinguir entre o que é normal no desenvolvimento motor e o que pode ser um problema ortopédico nem sempre é fácil. Com base em informações da assessoria de imprensa e orientações do ortopedista Adílio Bernardes, especialista em joelho, medicina esportiva e regenerativa, reunimos dicas para ajudar você a identificar sinais de alerta.
Durante a infância, o sistema musculoesquelético passa por diversas transformações. Segundo o médico, alguns desalinhamentos e posturas são transitórios, mas outros podem indicar condições que requerem tratamento precoce para evitar sequelas. Entre os problemas ortopédicos mais comuns estão a sinovite transitória, alterações nos pés e tornozelos, desalinhamentos dos joelhos e quadris, além das dores de crescimento e lesões traumáticas.
Cada condição costuma aparecer em uma fase específica da infância. Por exemplo, a sinovite transitória, que provoca dor súbita no quadril, ocorre geralmente entre 3 e 8 anos. O pé chato é normal até os 5 ou 6 anos e tende a melhorar com o crescimento. Já a marcha na ponta dos pés pode ser transitória até os 3 anos, mas deve ser avaliada se persistir. Desalinhamentos nos joelhos, como joelhos arqueados (varo) ou juntos (valgo), são esperados até certa idade, mas merecem investigação se forem acentuados ou persistentes. Problemas mais graves, como a displasia de quadril, precisam ser identificados nos primeiros meses de vida, enquanto a epifisiólise da cabeça do fêmur é mais comum em adolescentes.
As dores do crescimento, que afetam crianças de 3 a 12 anos, são benignas, mas não devem limitar as atividades diárias. O acompanhamento pediátrico é fundamental para detectar alterações e encaminhar para avaliação ortopédica quando necessário, especialmente em fases de transição como o início da marcha, a entrada na escola e o crescimento acelerado da adolescência.
Os pais devem ficar atentos a sinais que indicam a necessidade de avaliação médica, como dor persistente, especialmente à noite ou após atividades leves; dificuldade ou recusa em andar; limitação para correr ou abrir o quadril; assimetrias corporais; posturas estranhas; e atraso no desenvolvimento motor. “A dor não deve ser encarada como algo normal do crescimento. Quando ela é frequente, impede a criança de brincar ou vem acompanhada de febre, inchaço ou perda de peso, é fundamental buscar atendimento médico”, alerta o ortopedista.
Em resumo, o diagnóstico precoce é essencial para garantir tratamentos eficazes e evitar complicações. Observar o comportamento e o desenvolvimento dos pequenos, aliado ao acompanhamento médico regular, é o melhor caminho para cuidar da saúde ortopédica das crianças.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA