Câncer e fertilidade: como preservar o sonho da maternidade após o diagnóstico
Descubra as opções para manter a fertilidade mesmo diante do tratamento oncológico e os avanços que tornam isso possível
Receber um diagnóstico de câncer em idade fértil traz um impacto que vai além da preocupação imediata com a saúde: o medo de perder a possibilidade de ser mãe. Segundo dados apresentados no congresso Todos Juntos Contra o Câncer, cerca de 50% das pacientes em idade reprodutiva desconhecem que os tratamentos oncológicos podem comprometer a fertilidade, e apenas 15% recebem aconselhamento especializado.
Os tratamentos tradicionais, como quimioterapia e radioterapia, podem afetar diretamente os ovários, reduzindo a reserva ovariana e, em muitos casos, causando infertilidade definitiva. Por isso, o tempo é um fator crucial para quem deseja preservar a fertilidade antes de iniciar a terapia contra o câncer.
Atualmente, o congelamento de óvulos é a técnica mais utilizada para essa preservação, exigindo até 14 dias de preparação antes do início do tratamento oncológico. Essa janela de tempo obriga pacientes e equipes médicas a tomarem decisões rápidas e precisas para viabilizar o procedimento.
Outra alternativa disponível no Brasil é o congelamento de tecido ovariano. Nesse método, fragmentos do ovário são removidos e congelados antes do tratamento. Posteriormente, esse tecido pode ser reimplantado, possibilitando a restauração da função ovariana e, em alguns casos, até a gestação natural. Essa técnica é especialmente indicada para mulheres que precisam iniciar rapidamente a quimioterapia ou radioterapia, ampliando as chances de preservar o sonho da maternidade.
Além das técnicas de preservação, os avanços da oncologia de precisão têm transformado o cenário para as pacientes. Com terapias mais eficazes e menos agressivas, que levam em conta o perfil molecular do tumor, é possível reduzir os impactos sobre os ovários. Tecnologias como testes genômicos e painéis de biomarcadores por sequenciamento de nova geração (NGS) permitem tratamentos personalizados, melhorando os resultados clínicos e a qualidade de vida das mulheres.
Um estudo publicado no Journal of Clinical Oncology reforça que engravidar após o câncer não só é possível, como pode trazer benefícios à saúde. Mulheres que tiveram filhos após o tratamento do câncer de mama apresentaram maior tempo de sobrevida, afastando o medo de que a gestação pudesse aumentar o risco de recorrência.
“Ao integrar soluções de oncologia de precisão e saúde reprodutiva, conseguimos apoiar médicos e pacientes em decisões rápidas e precisas. Isso significa olhar além do diagnóstico imediato, preservando não apenas a vida, mas também a qualidade de vida e os projetos futuros das mulheres”, afirma Maria Amorim, gerente de desenvolvimento de mercado para Sequenciamento Clínico da Thermo Fisher Scientific.
Neste Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, o debate sobre oncofertilidade ganha ainda mais força. Hoje, graças à medicina personalizada e às novas tecnologias genéticas, as mulheres podem vislumbrar um futuro com qualidade de vida, onde o sonho da maternidade permanece vivo mesmo após o diagnóstico de câncer.
Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA