Mais de 4 milhões de adultos brasileiros vivem com sintomas de TDAH sem diagnóstico

Entenda os impactos do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade na vida adulta e a importância do diagnóstico

Mais de 4 milhões de brasileiros adultos apresentam sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), segundo dados do Ministério da Saúde. Apesar de ser frequentemente associado à infância, o TDAH persiste em cerca de 60% a 70% dos casos na vida adulta, afetando diretamente a saúde mental, a produtividade e as relações interpessoais.

No mês de conscientização sobre o TDAH, a especialista Dra. Nathalia Martho Ferrari, psiquiatra do grupo ViV Saúde Mental e Emocional, destaca que o transtorno é um “fantasma que assombra a vida de muitos”, manifestando-se como ansiedade crônica, frustração profissional, instabilidade emocional e uma constante sensação de inadequação. Muitos adultos convivem com esses sintomas sem diagnóstico, o que dificulta o tratamento e agrava o sofrimento.

A falta de reconhecimento na infância é um dos principais desafios. “Os sintomas em adultos podem ser mais sutis ou mascarados por estratégias de coping desenvolvidas ao longo da vida, ou ainda confundidos com outras condições como ansiedade, depressão ou transtorno bipolar”, explica a psiquiatra. Isso gera um ciclo de autocrítica e sofrimento, em que o indivíduo se sente “quebrado” ou “incapaz”, sem entender que há uma condição neurobiológica por trás.

No âmbito profissional, o TDAH não diagnosticado compromete a organização, o foco e o controle dos impulsos, impactando negativamente o desempenho e a carreira. “Adultos com TDAH frequentemente possuem grande criatividade e capacidade de hiperfoco em áreas de interesse, mas as funções executivas, como planejamento, memória de trabalho e autorregulação são desafiadas”, pontua Dra. Nathalia. Pesquisas indicam que o transtorno não tratado pode gerar custos sociais significativos, como menor produtividade e maior rotatividade de pessoal.

Além disso, o transtorno afeta profundamente as relações pessoais. A impulsividade e a desatenção podem ser interpretadas como desinteresse ou irresponsabilidade, prejudicando amizades, parcerias e vínculos familiares. “A vida social e afetiva de quem tem TDAH não diagnosticado é um campo minado”, revela a especialista, que também destaca o impacto na autoestima e o risco de ansiedade e depressão secundárias.

A boa notícia é que o diagnóstico e o tratamento adequados podem transformar vidas. A avaliação psiquiátrica detalhada, que considera o histórico desde a infância, é fundamental para o reconhecimento do transtorno. O tratamento pode incluir medicação, terapia cognitivo-comportamental e estratégias de organização. “O momento do diagnóstico é, para muitos, um divisor de águas. É quando a pessoa finalmente entende que não é ‘defeituosa’, mas que possui uma condição tratável”, enfatiza Dra. Nathalia.

Com o suporte correto, adultos com TDAH podem gerenciar seus sintomas e aproveitar suas características únicas, como criatividade e energia, para alcançar uma vida mais equilibrada e realizada.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do grupo ViV Saúde Mental e Emocional, que atua no cuidado e tratamento da saúde mental em diversas regiões do Brasil, buscando reduzir o estigma e promover o bem-estar emocional.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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