Dia do Médico: desafios da rotina intensa e o impacto na saúde mental dos profissionais

Em meio à celebração, médicos alertam para a importância do autocuidado diante da pressão diária da profissão

No próximo dia 18 de outubro, o Brasil celebra o Dia do Médico, uma data que vai além da homenagem e serve para refletir sobre os desafios enfrentados por esses profissionais. Segundo o estudo Demografia Médica 2025, realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB), o país terá cerca de 635 mil médicos em atividade até o final deste ano. Apesar desse número, a média de quase 3 médicos para cada mil habitantes ainda está abaixo da recomendação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que sugere 3,7.

A rotina médica é marcada por jornadas exaustivas que podem ultrapassar 70 horas semanais, o que impacta diretamente a saúde física e mental desses profissionais. Pesquisa realizada pelo Research & Innovation Center da Afya, líder em graduação médica no Brasil, revela que 45% dos médicos entrevistados apresentam algum quadro preocupante relacionado à saúde mental. Além disso, 4 em cada 10 médicos já enfrentaram ou enfrentam transtornos de ansiedade.

A psiquiatra Nívea Schweiger, da Afya Educação Médica Curitiba, destaca que a pressão da profissão está ligada à responsabilidade de lidar com vidas humanas e à necessidade constante de julgamento clínico, já que a medicina não é uma ciência exata. “É muito comum o médico se sentir sobrecarregado em alguma fase da jornada profissional”, explica. Para ela, o autocuidado é fundamental para que o profissional mantenha a saúde mental e consiga exercer sua vocação com qualidade. “O médico deve enxergar o momento de cuidar de si mesmo — com sono adequado, atividade física, alimentação equilibrada, relações sociais e espiritualidade — como parte do trabalho, pois precisa estar bem para cuidar bem dos pacientes”, reforça.

O relato da pediatra Luísa Fonseca evidencia a carga emocional da profissão, especialmente em áreas que lidam com situações delicadas envolvendo crianças e suas famílias. Já a dermatologista Sílvia Maria Nascimento Ferreira compartilha sua experiência pessoal ao enfrentar depressão devido às cobranças constantes da rotina médica. Ela ressalta a importância do preparo psicológico e de uma rede de apoio para que os médicos possam lidar melhor com os desafios da profissão. “Cuidando de mim, cuido do outro”, comenta, incentivando os profissionais a não terem vergonha de reconhecer quando estão sobrecarregados.

Esses depoimentos e dados foram fornecidos pela assessoria de imprensa da Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, que reforça a necessidade de atenção à saúde mental dos médicos. Em um cenário de alta demanda e pressão, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional torna-se essencial para garantir o bem-estar desses profissionais e, consequentemente, a qualidade do atendimento à população.

Neste Dia do Médico, a reflexão sobre a saúde mental e a valorização do autocuidado são mais do que necessárias. Cuidar de quem cuida é um passo fundamental para um sistema de saúde mais humano e eficiente.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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