Novelas e Direito: Como Heranças e Sucessões Inspiram Debates Reais nas Famílias
Tramas televisivas como Vale Tudo e Dona de Mim aproximam o público dos desafios jurídicos e emocionais da sucessão patrimonial
As novelas brasileiras têm um papel importante em trazer à tona temas complexos do Direito de Famílias e Sucessões, aproximando o público de dilemas reais que envolvem herança, disputas familiares e sucessão de empresas. Com a nova versão de *Vale Tudo* e a trama de *Dona de Mim*, esses assuntos voltam a ser pauta frequente nas conversas, mostrando que a ficção muitas vezes reflete situações vividas por muitas famílias.
Segundo Vanessa Bispo, sócia do MLD Advogados e especialista em Direito de Famílias e Sucessões, “a ficção televisiva tem enorme poder de pautar discussões sociais”. Ela destaca que as novelas ajudam a normalizar novas configurações familiares e aproximam o público de temas jurídicos complexos, embora ressalte que a dramatização simplifica questões que, na vida real, demandam anos de tramitação judicial e embasamento técnico.
Outro ponto importante é a representação das disputas por herança e conflitos entre herdeiros empresariais, que, conforme o advogado Wagner Oliveira Pereira Junior, da Michelin Sociedade de Advogados, são “um reflexo de uma realidade que, embora indesejável, permeia muitas famílias”. Ele reforça que o Direito oferece ferramentas preventivas para mitigar esses conflitos, destacando o planejamento sucessório como a principal delas.
Entre as medidas recomendadas estão o testamento, a doação com reserva de usufruto e a constituição de holdings familiares, que centralizam a gestão patrimonial e ajudam a reduzir litígios. Wagner enfatiza que “a antecipação e a comunicação transparente, amparadas por aconselhamento jurídico especializado, são os pilares para uma sucessão pacífica”.
Um debate recente, impulsionado pela novela *Dona de Mim*, envolve a possibilidade de crianças serem acionistas de empresas familiares. O advogado explica que isso é possível, mas a administração desses bens é regulada, pois “pais ou tutores não podem alienar ou onerar bens de menores sem autorização judicial”, e o Ministério Público atua para garantir que as operações estejam no interesse da criança.
Ambos os especialistas concordam que o maior desafio não é apenas jurídico, mas humano. Vanessa Bispo afirma que “o advogado é o primeiro juiz da causa — cabe a ele orientar tecnicamente o cliente e ajustar as expectativas à realidade”. Já Wagner destaca que “o diálogo familiar, aliado à profissionalização da gestão patrimonial, é o antídoto mais eficaz contra os conflitos sucessórios”.
Além de entreter, as novelas trazem o Direito para o cotidiano, gerando interesse e debate sobre temas como busca pela paternidade biológica e socioafetiva, adoção e disputas por herança. Vanessa Bispo avalia que “há, com isso, ainda que de maneira informal, um viés informativo e educacional” e que as tramas “humanizam as questões legais e influenciam a população na busca por seus direitos”.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa especializada, destacando como a ficção pode ser um catalisador para debates sociais relevantes, especialmente para o público feminino que acompanha essas histórias e enfrenta, direta ou indiretamente, questões relacionadas a patrimônio e família.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



