Novas terapias revolucionam o tratamento da dor crônica e ampliam qualidade de vida
Avanços em medicamentos e neuromodulação oferecem esperança para quem sofre com dor persistente
Outubro é o mês dedicado à conscientização sobre a dor crônica, uma condição que afeta cerca de 30% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa doença, caracterizada pela persistência da dor por mais de três meses, mesmo sem estímulos externos, representa um desafio para pacientes e profissionais de saúde. Dados recentes da assessoria de imprensa destacam avanços significativos em tratamentos farmacológicos e neuromodulação, ampliando as possibilidades de cuidado e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
O neurocirurgião funcional Dr. Marcelo Valadares, da Unicamp, explica que as novas terapias buscam modular o sistema nervoso com maior precisão, reduzindo efeitos colaterais e promovendo um controle duradouro da dor. “Com a evolução nos tratamentos, podemos agir com cada vez mais precisão sobre os mecanismos da dor a fim de restabelecer o sistema nervoso e não apenas aliviar o sintoma momentaneamente”, afirma o especialista. Essa abordagem personalizada aumenta as chances de um manejo mais efetivo e uma melhora concreta na vida dos pacientes.
No campo farmacológico, o ano de 2025 trouxe novidades importantes. O Tonmya™ (TNX-102 SL) é o primeiro medicamento aprovado em mais de 15 anos para fibromialgia, atuando na melhora do sono e, consequentemente, na redução da dor e fadiga. Outro avanço é a suzetrigina (Journavx™), um analgésico não opioide que bloqueia seletivamente canais de sódio envolvidos na condução da dor, oferecendo eficácia com menor risco de dependência. Além disso, o mercado asiático lançou a mirogabalina (Tarlige®) e a crisugabalina (HSK16149), que atuam sobre canais de cálcio com maior seletividade e menos efeitos colaterais, beneficiando pacientes com neuropatias difíceis de tratar.
A neuromodulação, que utiliza estímulos elétricos ou magnéticos para regular os circuitos neurais da dor, também avançou. Em abril de 2024, a FDA aprovou o Inceptiv™, o primeiro estimulador de medula espinhal com circuito fechado, capaz de ajustar automaticamente a intensidade da estimulação para evitar desconfortos e melhorar a experiência do paciente. Dados clínicos mostram que 82% dos pacientes com dor lombar crônica relataram redução significativa da dor após 12 meses de uso, com metade deles reduzindo ou interrompendo o uso de opioides.
Além disso, terapias menos invasivas, como a Estimulação Magnética Transcraniana (TMS), estão sendo estudadas para modular circuitos cerebrais relacionados à dor neuropática central, ampliando o arsenal terapêutico disponível.
Dr. Valadares ressalta que, apesar das inovações, tratamentos tradicionais como analgésicos, anti-inflamatórios, fisioterapia, exercícios físicos e psicoterapia continuam essenciais, especialmente quando integrados e acompanhados de perto por profissionais. “Casos severos podem se beneficiar de intervenções cirúrgicas ou neuromodulatórias”, conclui.
Esses avanços representam um passo importante para que nenhum paciente precise conviver com o desconforto da dor crônica, oferecendo esperança e novas possibilidades para uma vida mais plena e confortável.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



