Estratégias Eficazes para Professores Apoiarem Alunos com TDAH em Sala de Aula

Como práticas inclusivas e capacitação docente podem transformar desafios em oportunidades de aprendizagem para crianças com TDAH

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 5% das crianças em idade escolar no mundo têm Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). No Brasil, embora o diagnóstico formal ainda seja um desafio, observa-se um aumento significativo na busca por avaliações e formações relacionadas ao tema. Paralelamente, a inclusão de alunos neurodivergentes nas escolas cresce rapidamente, evidenciando a necessidade urgente de práticas pedagógicas adaptadas.

O impacto do TDAH vai além das dificuldades de aprendizado, afetando também a autoestima e a socialização das crianças. É fundamental desmistificar a ideia de que o TDAH se resume a falta de limites ou indisciplina. Quando os professores dominam estratégias adequadas, conseguem potencializar o desempenho desses alunos, criando um ambiente de aprendizagem mais eficiente e inclusivo.

Os principais desafios em sala de aula incluem a dificuldade de concentração, a impulsividade e a agitação motora, que comprometem tanto a execução das tarefas quanto a convivência entre alunos. Estratégias de neuroeducação têm se mostrado eficazes para minimizar esses impactos. Entre elas, destacam-se o uso de instruções curtas e claras, o reforço positivo, adaptações nos prazos, a organização visual da rotina e o posicionamento estratégico do aluno no ambiente escolar.

A capacitação docente deve ser encarada como uma política contínua, não apenas como treinamentos pontuais. A inclusão começa com o olhar atento e preparado do professor. Com formação adequada, é possível romper o ciclo de exclusão e transformar a sala de aula em um espaço de pertencimento e aprendizado real para todos os alunos.

Para auxiliar os professores, seguem cinco dicas práticas para lidar com alunos com TDAH:
1. Estabelecer rotinas visuais, utilizando quadros ou agendas que organizem as atividades do dia;
2. Dar instruções curtas e objetivas, dividindo tarefas longas em etapas menores e claras;
3. Valorizar o reforço positivo, reconhecendo progressos e conquistas para estimular a motivação;
4. Oferecer pausas programadas, com pequenos intervalos que ajudam a reduzir a agitação;
5. Adaptar prazos e recursos, flexibilizando entregas e utilizando materiais de apoio visuais ou lúdicos.

Cada criança com TDAH possui um potencial de aprendizagem significativo, mas precisa de condições adequadas para expressá-lo plenamente. Quando escola e família trabalham juntas, com empatia e estratégias consistentes, o impacto positivo é visível no desempenho acadêmico e na autoconfiança dos alunos. Investir continuamente na capacitação docente e na inclusão é investir em uma geração de estudantes mais preparada, autônoma e confiante em suas próprias habilidades.

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Por Mara Duarte da Costa

neuropedagoga, psicopedagoga, diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação, mentora, empresária, diretora geral da Fatec e diretora pedagógica e executiva do Rhema Neuroeducação

Artigo de opinião

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