SUS bate recorde e realiza quase 38 mil cirurgias de câncer de próstata em 2024, aponta IUCR

Após queda na pandemia, Sistema Único de Saúde supera níveis pré-Covid e amplia acesso ao tratamento oncológico

Um levantamento recente do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR), com base em dados do DataSUS do Ministério da Saúde, revela que o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou 37.917 cirurgias de câncer de próstata em 2024, superando o volume registrado antes da pandemia de Covid-19. Entre 2019 e 2024, foram feitas 173.323 intervenções cirúrgicas para tratamento da doença, demonstrando uma recuperação significativa após a queda de 30,6% observada em 2020.

A pandemia impactou fortemente o acesso a procedimentos eletivos, como as cirurgias oncológicas, mas desde 2021 o SUS vem apresentando crescimento contínuo: 7,8% em 2021, 38,7% em 2022, 13,2% em 2023 e 10,9% em 2024. O aumento acumulado faz com que o total anual de 2024 seja 30,3% maior que o registrado em 2019, indicando não só a recomposição da demanda reprimida, mas também a ampliação da capacidade dos serviços públicos de urologia e oncologia cirúrgica.

A distribuição regional das cirurgias mostra que o Sudeste concentra quase metade dos procedimentos (46,5%), seguido pelo Nordeste (26,6%), Sul (14,7%), Norte (6,3%) e Centro-Oeste (5,9%). Destaca-se o crescimento expressivo nas regiões Norte e Nordeste, com aumentos relativos de 75,5% e 58,6% respectivamente, refletindo avanços na descentralização e no acesso ao tratamento. Entre os estados, São Paulo, Minas Gerais e Bahia lideram em volume absoluto.

O urologista e cirurgião oncológico Gustavo Guimarães, diretor do IUCR, comenta que “a curva descrita pelos dados confirma o que muitos profissionais vivenciaram na rotina clínica”, ressaltando que a retomada expressiva após a pandemia demonstra “capacidade de resposta, planejamento e um esforço coletivo para recuperar o tempo perdido com segurança e qualidade”.

Embora os dados ainda não incluam as cirurgias robóticas, recentemente incorporadas pelo Ministério da Saúde e em fase de implantação na rede pública, a expectativa é que essa tecnologia moderna, que oferece maior precisão e recuperação mais rápida, transforme o padrão do cuidado cirúrgico no país. Guimarães destaca que a introdução da cirurgia robótica no SUS deve ser feita de forma ordenada, com protocolos claros para maximizar benefícios clínicos e eficiência.

Além do aumento no número de cirurgias, o especialista enfatiza a importância de um cuidado integral ao paciente com câncer de próstata, que inclui diagnóstico oportuno, estadiamento adequado, discussão multidisciplinar e acompanhamento pós-operatório focado na qualidade de vida. “Não basta operar mais. É fundamental operar melhor e inserir a cirurgia no contexto de um cuidado centrado no paciente”, reforça.

Este avanço no SUS representa um marco importante na luta contra o câncer de próstata, o tumor mais incidente entre os homens no Brasil, com cerca de 72 mil novos casos estimados anualmente. A retomada e expansão dos procedimentos cirúrgicos refletem um esforço conjunto para garantir acesso equitativo e tratamentos de qualidade, promovendo melhores desfechos oncológicos e qualidade de vida para os pacientes.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e Ministério da Saúde.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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