Trombose venosa profunda: entenda o risco silencioso no pós-operatório
No Dia Mundial da Trombose, saiba como prevenir e identificar essa condição que pode ser fatal após cirurgias
No Dia Mundial da Trombose, celebrado em 13 de outubro, a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP) reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da trombose venosa profunda (TVP), especialmente no período pós-cirúrgico. Dados da assessoria de imprensa da SBACV-SP destacam que a incidência da doença é até oito vezes maior após cirurgias, um alerta fundamental para pacientes e profissionais de saúde.
A trombose venosa profunda é caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos nas veias profundas, geralmente nas pernas, que podem bloquear a circulação e levar a complicações graves, como a embolia pulmonar. Segundo o cirurgião vascular Dr. Ivan Benaduce Casella, “após uma cirurgia, o corpo entra em um estado de hipercoagulabilidade, uma reação natural para evitar sangramentos, mas que pode durar até 12 semanas”. Esse mecanismo, embora protetor, aumenta o risco de coágulos, pois o organismo não diferencia uma lesão cirúrgica planejada de um trauma acidental.
Além do pós-operatório, inflamações crônicas como lúpus, artrite e doenças intestinais também elevam a propensão à trombose. Os sinais de alerta incluem inchaço assimétrico em uma das pernas, dor muscular e aumento da temperatura local, mas a doença pode ser silenciosa, o que dificulta o diagnóstico precoce. Entre os principais fatores de risco estão o repouso prolongado e a falta de mobilização após a cirurgia.
Felizmente, medidas simples podem ajudar na prevenção da TVP. O uso de meias elásticas sob orientação médica, dispositivos de compressão pneumática, fisioterapia e, em alguns casos, anticoagulantes prescritos são estratégias eficazes. Dr. Ivan destaca que “a utilização correta das meias elásticas terapêuticas funciona como método coadjuvante, e a compressão ideal deve sempre ser indicada por profissionais especializados”. O acompanhamento com cirurgião vascular, angiologista ou hematologista é fundamental para garantir a segurança do paciente.
Cirurgias ortopédicas de grande porte, abdominais e oncológicas estão entre as mais associadas à TVP, principalmente em pacientes idosos. Exames como o ultrassom Doppler venoso e a angiotomografia ajudam a identificar alterações na circulação e reduzir o risco de complicações graves.
A SBACV-SP alerta que a trombose venosa profunda é um problema de saúde pública amplamente subnotificado no Brasil. Dados do SUS indicam quase 490 mil hospitalizações entre 2012 e 2023, mas estudos internacionais estimam uma incidência anual muito maior, o que evidencia a subnotificação e a necessidade urgente de conscientização. Conforme o presidente da SBACV-SP, Dr. Edwaldo Edner Joviliano, “identificar os sinais e buscar atendimento médico rapidamente podem salvar vidas”.
Este alerta reforça a importância de estar atento aos sintomas e seguir as orientações médicas no pós-operatório para evitar o risco invisível da trombose venosa profunda. A prevenção e o diagnóstico precoce são as melhores armas para proteger a saúde vascular e garantir o bem-estar.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA