Tragédia no México destaca os riscos da cirurgia de silicone em adolescentes

A morte de uma menina de 14 anos após procedimento estético reforça a importância da ética, segurança e maturidade para intervenções plásticas

Um caso chocante ocorrido no México ganhou repercussão internacional: uma adolescente de apenas 14 anos morreu após se submeter a uma cirurgia para colocação de próteses de silicone. A tragédia chamou ainda mais atenção pelo fato do cirurgião responsável ser namorado da mãe da vítima, o que levanta questões éticas e de segurança sobre a realização do procedimento.

De acordo com o cirurgião plástico Dr. Hugo Sabath, pioneiro em técnicas avançadas de rejuvenescimento facial e especialista em procedimentos estéticos, o episódio serve de alerta para a necessidade de extrema cautela na escolha do momento e do profissional adequado para realizar uma cirurgia plástica.

“A cirurgia plástica não deve ser encarada como algo banal. Exige preparo, avaliação clínica minuciosa e respeito a critérios básicos de segurança, como idade mínima e maturidade física. Em casos de próteses de silicone, por exemplo, o ideal é que a paciente já tenha completado o desenvolvimento das mamas, o que geralmente acontece por volta dos 18 anos. Antes disso, a cirurgia não é recomendada, salvo raríssimas exceções médicas”, explica o Dr. Hugo.

Riscos da cirurgia em adolescentes

Submeter crianças e adolescentes a procedimentos estéticos invasivos pode trazer sérios riscos. Além das complicações cirúrgicas comuns, como infecções, trombose e rejeição da prótese, há impactos emocionais e psicológicos que precisam ser considerados.

Outro ponto crucial é a ética médica: profissionais qualificados jamais indicam cirurgias estéticas invasivas para menores de idade sem respaldo médico claro, justamente pelo risco aumentado e pela ausência de maturidade biológica e emocional.

Como escolher um profissional seguro

Para reduzir riscos, o paciente e sua família devem seguir alguns cuidados essenciais antes de optar por uma cirurgia plástica:

– Verificar a formação: O cirurgião deve ser membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) ou de entidade equivalente em seu país.
– Checar a experiência: Perguntar sobre a experiência do médico com o procedimento específico desejado.
– Avaliar a estrutura hospitalar: A cirurgia deve ser realizada em hospital ou clínica com suporte completo, nunca em locais improvisados.
– Desconfiar de preços muito baixos: Valores muito abaixo do mercado podem indicar falta de estrutura ou insumos de baixa qualidade.
– Priorizar a segurança, não a pressa: Avaliações pré-operatórias completas, incluindo exames de sangue, cardiológicos e imagem, são obrigatórias.

Conclusão

O caso no México traz uma reflexão importante: cirurgia plástica é medicina séria, não estética superficial. A decisão de realizar um procedimento deve ser pautada em segurança, profissionalismo e no momento certo da vida do paciente.

“Cirurgias estéticas, quando indicadas e bem executadas, podem transformar a autoestima de uma pessoa. Mas quando feitas sem critérios, podem resultar em tragédias irreversíveis. A mensagem é clara: busque sempre profissionais altamente qualificados e nunca antecipe procedimentos antes da hora certa”, reforça o Dr. Hugo Sabath.

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Por Dr. Hugo Sabath

Cirurgião Plástico – CRM 131.199/SP, pioneiro em técnicas avançadas de rejuvenescimento facial e especialista em procedimentos estéticos

Artigo de opinião

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