Nutrição Funcional: Aliada Essencial da Saúde da Mulher em Todas as Fases da Vida
Como a alimentação equilibrada pode prevenir doenças, modular sintomas e promover o bem-estar feminino do ciclo reprodutivo à menopausa
Outubro é tradicionalmente o momento de intensificar a visibilidade da luta contra o câncer de mama. No entanto, a abordagem pode, e deve, ir além da detecção precoce, integrando uma narrativa de saúde preventiva e suporte nutricional ao longo das transformações do corpo feminino.
No Brasil, uma em cada três pessoas diagnosticadas com câncer de mama tem menos de 50 anos, segundo levantamento do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Esse dado reforça que a prevenção e o cuidado integral devem começar cedo, no ciclo reprodutivo. Para essa primeira fase da vida feminina, nutrientes como magnésio, vitamina B6, triptofano, ômega-3 e probióticos são comumente citados em conteúdos especializados como coadjuvantes no manejo dos sintomas da menstruação.
Ao entrar no climatério e na menopausa, a demanda nutricional se intensifica. Estima-se que 75% das mulheres vivenciem sintomas como ondas de calor, alterações de humor e insônia. Além disso, esse é um momento em que se acentua o risco de osteoporose e de doenças cardiovasculares, ligados à queda de hormônios e à perda de densidade óssea. Por isso, proteínas de boa qualidade, cálcio, vitamina D e antioxidantes tornam-se essenciais na estratégia alimentar.
Pesquisas apontam ainda que padrões alimentares ricos em fibras, antioxidantes e boas gorduras, como o mediterrâneo, estão associados à preservação da massa magra e a melhores marcadores cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa.
A nutrição funcional não substitui exames, revisões e tratamento médico, mas pode ser uma ponte de apoio para modular inflamação, equilíbrio hormonal e vitalidade em períodos de transição.
Integrar uma alimentação equilibrada, atividades físicas regulares, boas noites de sono, acompanhamento médico e prevenção é um caminho prático e eficaz para que a saúde feminina seja tratada como prioridade durante todo o ano, e não apenas em outubro.
Por Uirá Banheza
Artigo de opinião



