Estresse e saúde bucal: entenda os impactos e como cuidar melhor da sua boca

Saiba como o estresse afeta a saúde da boca e quais cuidados podem ajudar a prevenir problemas comuns.

Dados do Institut Public de Soundage d’Opinion Secteur (IPSO) indicam que o Brasil está em 4º lugar entre os países com maior índice de estresse, atrás apenas da Suécia, Turquia e Polônia, segundo o relatório do Global World Mental Health Day. Esse cenário preocupa, pois o estresse não afeta apenas o organismo como um todo, mas também tem impactos diretos na saúde bucal.

A Dra. Luciana Scaff Vianna, integrante da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), destaca que diversas situações podem desencadear estresse e provocar alterações na cavidade bucal. Entre os grupos mais vulneráveis estão estudantes em períodos de vestibular, profissionais com alta carga de responsabilidade, gestantes e pessoas com doenças graves. Para prevenir o estresse, a especialista recomenda uma vida saudável, com alimentação equilibrada, sono adequado, prática de atividades físicas, lazer e meditação. Em alguns casos, terapias com profissionais especializados podem ser necessárias.

Um dos problemas bucais mais comuns relacionados ao estresse é o bruxismo, que pode ocorrer durante o dia (vigília) ou à noite (sono). A Dra. Maria de Lourdes Accorinte, presidente da Câmara Técnica de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial do CROSP, explica que o bruxismo de vigília está mais associado a fatores emocionais. Esse distúrbio provoca atrito e pressão nos dentes, podendo causar desgastes, fraturas em restaurações, próteses e implantes, além de aumentar o risco de disfunção temporomandibular (DTM). A DTM afeta a articulação que permite o movimento da boca, gerando estalos, dores ao mastigar ou abrir a boca, e dores irradiadas na face, cabeça e região cervical.

O tratamento do bruxismo e da DTM deve ser conduzido por especialistas capacitados para avaliar tanto os aspectos físicos quanto emocionais do paciente. O uso de dispositivos interoclusais, como placas de bruxismo, é uma terapia eficaz para controlar os efeitos nocivos do distúrbio, mas deve ser individualizada conforme cada caso. É importante lembrar que nem toda disfunção temporomandibular é causada pelo bruxismo, podendo ter outras origens como traumas e fatores reumáticos.

O estresse também afeta a saúde bucal dos idosos. A Dra. Denise Tibério, presidente da Câmara Técnica de Odontogeriatria do CROSP, ressalta que o estresse frequente e intenso acelera o envelhecimento imunológico e cognitivo, diminuindo a defesa contra bactérias na boca e agravando déficits cognitivos. A falta de higiene bucal nessa fase pode levar a inflamações gengivais que, se crônicas, liberam toxinas na circulação e atingem o cérebro. O odontogeriatra é o profissional indicado para acompanhar esses pacientes, oferecendo orientações específicas e tratamentos adaptados às necessidades do envelhecimento.

Entre as principais doenças bucais relacionadas ao estresse estão as doenças periodontais, cáries, lesões de mucosa e transtornos como o bruxismo, que causam dor orofacial e fraturas dentárias. Cuidar da saúde bucal é fundamental para o bem-estar geral, especialmente em momentos de maior tensão emocional.

Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), reforçando a importância da prevenção e do acompanhamento profissional para manter a saúde bucal em dia, mesmo diante do estresse cotidiano.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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