Enfrentando o Diagnóstico de Câncer de Mama: Estratégias para Lidar com o Medo e a Ansiedade

Como acolher as emoções e transformar o impacto do câncer de mama em um caminho de autoconhecimento e bem-estar

Receber o diagnóstico de câncer de mama é um dos momentos mais desafiadores da vida de uma mulher. Mais do que lidar com a doença em si, a paciente é colocada diante de uma série de emoções intensas, que vão do medo da finitude à ansiedade sobre o tratamento. Compreender e acolher esses sentimentos é essencial para que o processo seja vivido de forma mais saudável.

Todo diagnóstico de câncer é impactante porque nos coloca de frente com algo que nunca quisemos lidar: a finitude. É um choque que desperta medo e ansiedade, mas também pode abrir espaço para o autoconhecimento e para um movimento de se reconhecer e dar valor ao que antes passava despercebido.

O acompanhamento psicológico é um ponto-chave nesse processo. É no espaço terapêutico que o paciente pode expor suas angústias e frustrações sem medo de julgamento, encontrando apoio e estratégias de enfrentamento.

O papel do psicólogo é oferecer uma escuta ativa e não julgadora. Esse suporte permite que o paciente entenda cada etapa — seja em busca da remissão ou em cuidados paliativos — e se engaje no tratamento. E isso faz diferença: estudos mostram que quem participa ativamente do próprio processo tem maiores chances de cura.

Apesar da dureza do diagnóstico, é importante ressignificar a experiência e encontrar formas de cultivar prazer e bem-estar.

A finitude é uma realidade para todos nós. O câncer nos lembra disso de forma mais intensa, mas também nos dá uma espécie de licença poética para viver dias melhores. É um convite a transformar o limão que a vida apresentou em uma bela caipirinha.

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Por Aline Graffiette

Neuropsicóloga, CEO da Mental One

Artigo de opinião

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