Documentário inédito aborda a difícil “devolução” de crianças adotadas no Brasil

Filme revela histórias reais e provoca reflexão sobre adoção, abandono e políticas públicas

Um tema pouco discutido e delicado ganha destaque em um novo documentário que inicia suas filmagens em outubro no Rio de Janeiro e Curitiba. “E se você não me quiser?”, dirigido por Ana Azevedo e produzido por Eliton Oliveira, da Desatino Filmes, aborda a “devolução” de crianças adotadas — quando famílias interrompem o processo de adoção e devolvem as crianças ao sistema de acolhimento.

A produção busca entender por que algumas adoções dão certo e outras não, mostrando as consequências desse rompimento para todos os envolvidos. Segundo o produtor Eliton Oliveira, “a devolução é um tabu, mas existe, e suas consequências são devastadoras. Eu precisava enfiar o dedo na ferida e colocar o público em contato com essas histórias tão dolorosas”.

As filmagens começaram no Rio de Janeiro no dia 3 de outubro e seguem para Curitiba no dia 15, acompanhando histórias reais e emocionantes. No Rio, o documentário registra a trajetória de Bruno, que viveu nas ruas antes de ser adotado e devolvido, e de Pedro, adotado por um casal de mulheres, cuja adaptação foi marcada pela ausência da figura paterna idealizada. Em Curitiba, a equipe acompanha as irmãs Beatriz e Maria Fernanda, que enfrentaram abusos na infância e dificuldades na adaptação após a adoção, enquanto seus pais adotivos lidam com inseguranças.

Além de dar voz às crianças e famílias, o filme também traz depoimentos de pessoas próximas às famílias, funcionários de instituições de adoção, especialistas e conselheiros. O objetivo é fomentar uma reflexão profunda sobre a necessidade de políticas públicas que garantam acompanhamento familiar antes e depois da adoção, evitando o sofrimento causado pela interrupção do processo.

O projeto, contemplado pela Lei Paulo Gustavo, tem estreia prevista para festivais em 2026, com lançamento posterior nos cinemas. “E se você não me quiser?” propõe um debate urgente sobre como tornar a adoção um ato de afeto e responsabilidade, sem idealizações que possam gerar ainda mais dor.

Este documentário é uma oportunidade rara para o público conhecer um lado pouco explorado da adoção no Brasil, trazendo à tona histórias que desafiam a romantização do tema e estimulam um olhar mais realista e cuidadoso sobre o acolhimento familiar.

Informações obtidas por meio da assessoria de imprensa.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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