Demências podem dobrar até 2050, mas metade dos casos é evitável com hábitos saudáveis

Psiquiatra do Grupo Kora Saúde alerta para prevenção e diagnóstico precoce das demências no Brasil

O impacto das demências no mundo está previsto para dobrar até 2050, segundo relatório da revista The Lancet. No Brasil, estima-se que 1,76 milhão de pessoas já convivem com algum tipo de demência, número que deve crescer com o envelhecimento da população. Contudo, até 50% dos casos podem ser prevenidos com mudanças no estilo de vida, alerta o psiquiatra José Luis Leal, do Grupo Kora Saúde, em dados fornecidos pela assessoria de imprensa.

Embora o avanço da idade seja o principal fator de risco para o declínio cognitivo, o especialista destaca que o cérebro pode ser protegido ao longo da vida. “Manter o cérebro ativo, controlar doenças como hipertensão e diabetes, e cuidar da audição e da visão têm impacto direto na prevenção da demência. Esses fatores, quando negligenciados, dobram o risco a cada década de vida a partir dos 65 anos”, explica o médico.

As demências mais comuns são o Alzheimer, a demência vascular e a demência por Corpos de Lewy, esta última responsável por 10% a 20% dos diagnósticos. A demência por Corpos de Lewy costuma surgir mais cedo, a partir dos 60 anos, e é mais frequente em homens. Seus sintomas incluem alterações de memória, marcha instável, sonolência diurna e oscilações entre lucidez e confusão mental, o que pode levar a confundi-la com Alzheimer ou Parkinson.

As estatísticas mostram que a prevalência da demência aumenta com a idade: cerca de 3% das pessoas entre 65 e 69 anos apresentam algum grau da doença, percentual que sobe para 9% entre 75 e 79 anos, 21% entre 85 e 89 anos e chega a 43% em idosos com mais de 90 anos.

Para o psiquiatra, o desafio da prevenção vai além dos hospitais e exige uma mudança cultural e políticas públicas que estimulem a vida ativa e o envelhecimento saudável. Ele reforça a importância da “reserva cognitiva”, que pode ser desenvolvida por meio da educação, leitura, aprendizado de novas habilidades e socialização. “Aprender coisas novas, fazer atividades de memorização e manter uma rotina de exercícios físicos regulares são estratégias que preservam o cérebro e retardam a perda de funções cognitivas”, afirma.

Além do estímulo intelectual, o controle de fatores clínicos é fundamental. Hipertensão, diabetes, colesterol elevado, perda auditiva e visual, além do consumo excessivo de álcool e tabaco, são agentes de risco que fragilizam as conexões cerebrais ao longo da vida. “Cuidar da saúde física é cuidar da saúde mental. A demência é um reflexo de desequilíbrios acumulados ao longo da vida”, pontua o especialista.

O diagnóstico precoce também é determinante para o tratamento eficaz, especialmente no caso da demência por Corpos de Lewy, que pode ser identificada antes dos 60 anos. Observar sinais como alterações de atenção, sonolência excessiva e dificuldades motoras sutis aumenta as chances de manutenção da qualidade de vida.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do Grupo Kora Saúde, reforçando a importância da prevenção e do cuidado contínuo para um envelhecimento com saúde e autonomia.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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