Cresce o uso de remédios para emagrecimento e especialistas alertam para riscos da automedicação

Popularidade de Ozempic e Mounjaro nas redes sociais aumenta procura, mas uso sem orientação médica pode ser perigoso

A procura por medicamentos injetáveis para emagrecimento, como Ozempic (semaglutida) e Mounjaro (tirzepatida), tem crescido significativamente nos últimos meses, impulsionada pela divulgação nas redes sociais e pelos resultados expressivos mostrados em estudos clínicos. Originalmente indicados para o tratamento do diabetes tipo 2, esses medicamentos vêm sendo usados de forma indiscriminada para perda de peso, o que acende um alerta importante para os riscos da automedicação.

Segundo o endocrinologista Dr. Mario José Dias Trombetta, “os estudos com semaglutida e tirzepatida mostraram reduções médias de até 20% no peso corporal, algo que antes só víamos com cirurgia bariátrica. Isso virou manchete e, consequentemente, desejo. A conveniência do uso semanal e o efeito de supressão do apetite completam o apelo. Mas o problema é que o feed do TikTok não é bula.”

Além da influência das redes sociais, celebridades, influenciadores e “clínicas do atalho” reforçam a ideia de emagrecimento rápido, incentivando o uso sem prescrição médica. O especialista alerta que a automedicação pode mascarar diagnósticos importantes e trazer sérios riscos à saúde, como o não reconhecimento de causas endócrinas do ganho de peso e a ignorância de contraindicações graves, como histórico familiar de carcinoma medular de tireoide ou síndrome MEN2, que são contraindicações absolutas para o uso desses medicamentos.

Os riscos do uso inadequado incluem eventos biliares, pancreatite, desidratação e gastroparesia, que provoca atraso no esvaziamento gástrico e piora dos sintomas digestivos. O endocrinologista também chama atenção para o aumento do risco de aspiração durante anestesias, exigindo cuidado redobrado em procedimentos cirúrgicos. Outro problema crescente é a venda de versões falsificadas ou manipuladas desses medicamentos, que não passam por controle de qualidade, expondo os pacientes a riscos desconhecidos.

Para garantir segurança e eficácia, a consulta com um endocrinologista é fundamental antes de iniciar qualquer tratamento farmacológico para emagrecimento. O médico realiza avaliação completa, confirma elegibilidade, rastreia contraindicações, ajusta doses e orienta sobre técnica de aplicação e condutas em caso de esquecimento de doses. “Medicina é precisão, não impulso”, reforça o Dr. Trombetta. O acompanhamento regular permite monitoramento laboratorial e garante mais segurança durante o tratamento.

Além do uso medicamentoso, a perda de peso sustentável depende de mudanças estruturadas no estilo de vida, como nutrição individualizada, atividade física regular, sono de qualidade e controle do estresse. Metas realistas de redução de 5% a 10% do peso em 3 a 6 meses são recomendadas, com manutenção a longo prazo e reavaliação periódica do risco cardiometabólico, conforme as diretrizes da American Diabetes Association (ADA) 2025.

Por fim, o especialista alerta: “Os medicamentos são ferramentas poderosas, mas só fazem milagre nas mãos certas. O uso criterioso, a titulação correta e a equipe multiprofissional transformam moda em tratamento e a automedicação transforma atalho em labirinto.”

Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa, reforçando a importância do acompanhamento médico para um emagrecimento seguro e eficaz.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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