Outubro Rosa: medo do câncer e falta de informação ainda preocupam brasileiros

Pesquisa revela desinformação sobre câncer de mama e próstata e destaca a importância da prevenção e do cuidado familiar

Em meio à campanha Outubro Rosa, que reforça a importância da prevenção do câncer de mama, uma pesquisa inédita da Ipsos-Ipec, encomendada pela Pfizer, revela um cenário preocupante: apesar do alto medo da doença, o conhecimento sobre os fatores de risco e exames preventivos ainda é insuficiente entre brasileiros. O levantamento, que ouviu 1.740 pessoas em diversas regiões do país, mostra diferenças marcantes entre homens e mulheres na forma como lidam com a saúde e o câncer, especialmente os tipos mais comuns, mama e próstata.

Os dados indicam que o câncer é uma das maiores preocupações de saúde para ambos os sexos, figurando em primeiro lugar para os homens (54%) e em segundo para as mulheres (62%). No entanto, o conhecimento sobre a gravidade do câncer de próstata é baixo: metade dos homens desconhece que essa doença é uma das principais causas de morte masculina no Brasil. Já 60% das mulheres associam o câncer de mama apenas à herança genética, o que não corresponde à realidade médica, pois apenas 5% a 10% dos casos estão ligados a fatores genéticos.

Outro ponto importante é a diferença no comportamento preventivo entre os gêneros. Enquanto quase metade das mulheres (49%) realiza check-ups anuais mesmo sem sintomas, 39% dos homens só procuram atendimento médico quando sentem algum incômodo. Esse comportamento pode estar relacionado a tabus e ao conceito tradicional de masculinidade, que dificulta o cuidado preventivo, especialmente em relação ao exame de toque retal, ainda evitado por muitos.

A pesquisa também destaca que a responsabilidade pelo cuidado da saúde da família recai majoritariamente sobre as mulheres: 72% delas afirmam ser as principais cuidadoras, contra 41% dos homens. Essa sobrecarga feminina é um desafio a ser enfrentado para equilibrar os cuidados familiares.

Além disso, o desconhecimento sobre fatores modificáveis, como obesidade e consumo de álcool, é evidente. Apenas 37% das mulheres reconhecem que o excesso de peso aumenta o risco de câncer de mama, e 36% sabem que o consumo de bebida alcoólica também é um fator de risco. Entre os homens, somente 40% associam a obesidade ao câncer de próstata.

Quanto aos exames, 58% dos participantes afirmam fazer todos os solicitados pelo médico, mas muitos deixam de levar os resultados para avaliação ou evitam exames desconfortáveis. Na região metropolitana de Recife, por exemplo, apenas 38% dos homens seguem essa rotina, contra 67% das mulheres.

Esses dados reforçam a necessidade urgente de ampliar a informação e a conscientização sobre o câncer, seus fatores de risco e a importância da prevenção. Projetos colaborativos, como o Coletivo Pink, buscam novas formas de diálogo com a sociedade para fortalecer a voz de quem convive com a doença e incentivar práticas de cuidado mais equilibradas entre homens e mulheres.

Neste Outubro Rosa, o alerta é claro: o medo do câncer deve ser acompanhado de conhecimento e ação. Cuidar da saúde é um ato de amor próprio e coletivo, que pode salvar vidas.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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