Excesso de peso diminui em crianças pequenas, mas cresce entre jovens no Brasil

Dados inéditos revelam mudanças nos índices de sobrepeso e obesidade entre crianças e adolescentes brasileiros

Um levantamento inédito realizado pela ImpulsoGov, organização que apoia o SUS com soluções inovadoras, revelou mudanças importantes no excesso de peso entre crianças e adolescentes brasileiros entre 2014 e 2024. Segundo os dados analisados, o percentual de crianças de até 5 anos com excesso de peso caiu de 17,7% para 13,9%. Por outro lado, a taxa entre jovens de 10 a 19 anos aumentou significativamente, passando de 23% para 32%, um crescimento de 9 pontos percentuais em uma década.

O estudo, baseado em informações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do SUS (SISVAN), mostra que, apesar da redução percentual em crianças pequenas, o número absoluto de casos cresceu devido à ampliação do número de pessoas avaliadas, que quase dobrou, chegando a 7,7 milhões em 2024. Entre os jovens, o cenário é preocupante: atualmente, cerca de 1 em cada 3 brasileiros nessa faixa etária apresenta excesso de peso.

A região Sul do país apresenta os maiores índices, com aumento de 31% para 37%, enquanto a região Norte, embora com os menores percentuais, também registrou crescimento de 20% para 27%. A análise por tipo de município indica que áreas urbanas têm mais jovens com excesso de peso, em média 1,11 ponto percentual a mais que municípios intermediários, enquanto municípios rurais remotos apresentam índices 6 pontos percentuais menores.

Outro dado relevante é o acompanhamento de comunidades ribeirinhas, onde 19,9% dos jovens de 10 a 19 anos apresentaram excesso de peso em 2024. A gerente de Saúde Pública da ImpulsoGov, Juliana Ramalho, destaca a importância da Atenção Primária à Saúde, que acompanha essa população desde os primeiros dias de vida e atua na prevenção do excesso de peso.

Quanto à alimentação, o SISVAN identificou aumento no consumo de frutas e verduras em todas as faixas etárias entre 2015 e 2024. No entanto, o consumo de alimentos ultraprocessados permanece alto: 71% das crianças de 2 a 4 anos e 83% das de 5 a 9 anos consomem esses produtos. Além disso, mais da metade das crianças dessa faixa etária faz refeições em frente às telas, hábito que compromete a qualidade alimentar.

Entre os adolescentes de 10 a 19 anos, 81% consomem ultraprocessados e 61% fazem refeições assistindo à TV. O consumo de bebidas adoçadas e embutidos também é elevado, apesar do consumo ainda expressivo de alimentos tradicionais como feijão, frutas e verduras. Esses hábitos alimentares, aliados ao sedentarismo, contribuem para o aumento do excesso de peso.

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019 já indicava que mais da metade dos adolescentes entre 13 e 17 anos passava mais de três horas diárias em frente a telas. Juliana Ramalho reforça que “a atuação das equipes multiprofissionais na Atenção Primária é essencial para promover hábitos saudáveis desde a infância”, acompanhando o crescimento e orientando famílias para a prevenção contínua do excesso de peso.

Este panorama evidencia a necessidade de políticas públicas e ações integradas para enfrentar o crescimento do excesso de peso entre jovens, enquanto se mantém o cuidado com as crianças pequenas, garantindo uma base alimentar saudável e hábitos de vida equilibrados desde cedo.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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