Turismo capilar: riscos à saúde e a importância de escolher clínicas confiáveis
Transplantes mal realizados levam 15% dos pacientes a refazer procedimentos, alerta ABCRC
O turismo capilar tem ganhado cada vez mais destaque no mundo, impulsionado pela busca por soluções para a queda de cabelo. No entanto, a promessa de preços baixos pode esconder riscos sérios à saúde. Dados recentes da Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar (ABCRC), divulgados pela assessoria de imprensa, revelam que 15% dos pacientes precisaram refazer transplantes capilares mal realizados, o que gera não apenas custos adicionais, mas também desgaste emocional significativo.
O Censo 2023 da ABCRC aponta que 12% dos especialistas já atenderam pacientes que passaram por procedimentos feitos por profissionais não habilitados ou em clínicas clandestinas. Países como Reino Unido e Turquia, destinos populares para o turismo capilar, já estabeleceram guias mínimos de segurança para viajantes, mas a aplicação desses protocolos nem sempre é rigorosa. Clínicas que não seguem padrões internacionais de higiene e segurança, que não oferecem acompanhamento médico pós-procedimento ou que trabalham em ambientes inadequados, colocam em risco a saúde dos pacientes e comprometem os resultados estéticos.
A dermatologista Dr. Anna Cecília Andriolo, presidente da ABCRC, destaca que os riscos vão desde infecções graves e abscessos até cicatrizes excessivas e linhas capilares artificiais. “O transplante capilar exige ambiente estéril, técnica especializada e conhecimento profundo de restauração folicular. Procedimentos feitos por profissionais não licenciados frequentemente resultam em linhas capilares artificiais, falhas de densidade e baixa taxa de sobrevivência dos fios transplantados”, alerta.
Além disso, o dermatologista Dr. Márcio Volkweis, tesoureiro da ABCRC, reforça que a falta de formação médica específica compromete etapas essenciais do procedimento, como a aplicação correta da anestesia, que, se mal feita, pode causar dor intensa e reações adversas. Ele também lembra que realizar transplantes com profissionais não habilitados expõe o paciente a riscos legais e éticos, já que a prática é rigidamente regulada em muitos países.
Segundo dados da USHAŞ (International Health Services, Turquia), em 2023, o país recebeu cerca de 1,54 milhão de pacientes internacionais, movimentando US$ 3 bilhões em turismo de saúde. Nesse contexto, especialistas ressaltam que o preço não deve ser o único critério para escolher onde realizar o transplante. O diferencial está no cuidado: atendimento personalizado, segurança clínica, técnicas modernas e acompanhamento adequado garantem resultados naturais e a preservação da saúde capilar a longo prazo.
A ABCRC disponibiliza recomendações oficiais para orientar pacientes na escolha da clínica e do cirurgião. Entre os principais pontos estão a verificação das credenciais médicas, o credenciamento da clínica, as condições de higiene e segurança, além do acompanhamento pós-operatório. “Nosso papel é garantir que o paciente esteja bem informado e protegido. Transplante capilar é um procedimento médico, que deve ser feito com critério e responsabilidade”, conclui Dr. Anna Cecília Andriolo.
Para quem pensa em realizar um transplante capilar, a mensagem é clara: priorize a segurança e a qualidade do atendimento para evitar complicações e garantir um resultado satisfatório e saudável.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA