Desigualdade e pobreza caem significativamente nas metrópoles brasileiras desde 2021

Dados recentes mostram avanço histórico na redução da pobreza e melhoria da renda nas principais regiões metropolitanas do país

As principais regiões metropolitanas brasileiras vêm apresentando uma forte redução das desigualdades e da pobreza desde 2021, conforme dados divulgados na décima sexta edição do “Boletim – Desigualdade nas Metrópoles”. Produzido em parceria pelo Observatório das Metrópoles, PUCRS Data Social e Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), o estudo utiliza informações da PNAD Contínua anual do IBGE, com dados deflacionados para 2024.

Entre 2021 e 2024, a taxa de pobreza nas 22 regiões metropolitanas caiu de 31,1% para 19,4%, o que significa que cerca de 9,5 milhões de pessoas saíram da situação de pobreza. Além disso, a desigualdade de renda, medida pelo coeficiente de Gini, diminuiu de 0,565 para 0,534, atingindo o menor índice da série histórica. Para se ter uma ideia, a renda do grupo mais rico, que em 2021 era 19,2 vezes maior que a do grupo mais pobre, passou a ser 15,5 vezes maior em 2024.

A maior parte das regiões metropolitanas acompanhou essa tendência positiva, com exceção de Curitiba, Florianópolis, Grande São Luís e Vale do Rio Cuiabá. Segundo o professor Juciano Rodrigues, do IPPUR-UFRJ, “o principal fator explicativo dessa tendência de queda das desigualdades é a renda do trabalho, que no período cresceu proporcionalmente mais para os mais pobres”.

O boletim destaca ainda que a renda dos 40% mais pobres cresceu significativamente, chegando a R$670 em 2024, contra R$474 em 2021. Marcelo Ribeiro, também do IPPUR-UFRJ, explica que “o mercado de trabalho mais aquecido favoreceu este estrato, que havia sofrido perdas enormes durante a pandemia. E, junto com o controle da inflação, permitiu aumento real dos rendimentos.”

Outro dado relevante é o aumento da renda média nas metrópoles, que atingiu R$2.475 em 2024, o maior valor da série histórica, com crescimento observado em todas as regiões metropolitanas analisadas. Essa melhora geral da renda contribuiu para a redução da pobreza e da extrema pobreza, que caiu para 3,3% em 2024, retirando mais de 2,8 milhões de pessoas da situação de pobreza extrema.

O professor Andre Salata, da PUCRS, reforça que “a conjunção de aumento da renda com redução das desigualdades explica porque no período analisado houve forte queda nas taxas de pobreza e extrema pobreza nas nossas regiões metropolitanas.”

Esses avanços representam um importante passo para a melhoria da qualidade de vida nas áreas urbanas do Brasil, refletindo um cenário mais justo e equilibrado para milhões de brasileiros. Para quem deseja se aprofundar, o estudo completo está disponível no site da PUCRS Data Social.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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