Como a Inteligência Artificial Pode Transformar o Encantamento de Clientes e Colaboradores
Cinco estratégias para usar a IA a favor da humanização, engajamento e personalização nas empresas
A integração da inteligência artificial (IA) às práticas de gestão e atendimento já começa a redefinir a forma como as empresas encantam colaboradores e consumidores. Segundo a Gallup, equipes altamente engajadas registram 21% menos rotatividade em organizações com alta saída de profissionais e até 51% menos turnover em empresas com índices mais baixos. A tecnologia, quando usada como suporte e não substituição, pode potencializar esses resultados ao automatizar tarefas repetitivas, permitindo que profissionais concentrem energia em atributos humanos, como empatia, criatividade e personalização.
Para Alexandre Slivnik, especialista em excelência de serviços, vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e professor convidado da FIA/USP, a IA deve ser vista como aliada do encantamento. “A tecnologia libera tempo para que líderes e colaboradores se dediquem ao que realmente faz diferença: criar experiências memoráveis, tanto para o cliente interno quanto para o externo. Encantar é sobre conexão humana, e não sobre processos mecânicos”.
No ambiente corporativo, a aplicação da IA em treinamentos e feedbacks personalizados fortalece a cultura organizacional. Para Slivnik, esse é o caminho para líderes que desejam engajar suas equipes de forma contínua. “Quando o colaborador recebe reconhecimento e desenvolvimento sob medida, ele se sente valorizado e engajado, o que inevitavelmente reflete no atendimento ao consumidor”, complementa.
A humanização da experiência do cliente segue como ponto central. Nesse cenário, a IA funciona como apoio estratégico, mas não substitui a escuta ativa e o calor humano. “O cliente pode até apreciar a eficiência digital, mas o que o fideliza é o gesto humano inesperado, a atenção genuína aos detalhes. É essa combinação que transforma consumidores em promotores da marca”, observa o especialista.
Slivnik reforça que a tecnologia deve ser integrada à cultura de encantamento e não tratada como fim em si mesma. “O encantamento externo é reflexo do interno. A IA pode apoiar líderes a identificar padrões de engajamento, sugerir melhorias e antecipar necessidades, mas cabe ao humano entregar a empatia que cria vínculos duradouros”, conclui.
Como usar a inteligência artificial para fortalecer o encantamento interno e externo, segundo Alexandre Slivnik:
Automatizar o operacional
Delegue à IA tarefas repetitivas, como triagem de e-mails, análise de dados e respostas padrão em canais de atendimento. Isso libera os colaboradores para se dedicarem à empatia e personalização.
Personalizar processos de desenvolvimento
Use algoritmos para adaptar conteúdos de capacitação às necessidades individuais dos colaboradores. Programas personalizados elevam em até 218% a produtividade, segundo a ATD.
Feedback contínuo e construtivo
Ferramentas de IA podem identificar padrões de performance e sugerir pontos de reconhecimento. O foco no reforço positivo aumenta o engajamento e reduz a rotatividade.
Monitorar engajamento
Análises preditivas permitem identificar sinais de desmotivação e antecipar ações para evitar desligamentos. Empresas com alto índice de empatia registram até 35% menos rotatividade, segundo a FGV.
Humanizar a jornada do cliente
A tecnologia deve apoiar, não substituir. Use IA para agilizar processos, mas preserve o contato humano em etapas-chave, garantindo que cada interação seja eficiente e também memorável.
Por Alexandre Slivnik
Especialista em excelência de serviços, vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), professor convidado da FIA/USP, diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, autor de diversos livros incluindo o best-seller "O Poder da Atitude", palestrante internacional com mais de 20 anos de experiência, reconhecido oficialmente pelo governo norte-americano com habilidades extraordinárias na área de palestras e treinamentos (EB1), com especialização na Universidade de Harvard (Graduate School of Education – Boston / EUA)
Artigo de opinião