Saúde mental e apostas online: entenda os sinais e como buscar ajuda eficaz
Psicólogo especialista alerta sobre o crescimento do vício em apostas digitais e oferece orientações para famílias e jovens
O aumento das apostas online tem gerado preocupações crescentes entre especialistas e famílias brasileiras. Dados recentes indicam que quase 40% dos apostadores apresentam risco de desenvolver dependência, enquanto entre adolescentes de 14 a 17 anos, esse índice sobe para 55%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já classificou a dependência em jogos digitais como um transtorno mental, o que reforça a necessidade de atenção e cuidado com esse problema.
Segundo o psicólogo Leonardo Teixeira, especialista em vícios e psicologia do esporte, o vício em apostas funciona de maneira semelhante à dependência de álcool ou drogas. “Cada vitória libera dopamina, o neurotransmissor do prazer. O cérebro passa a querer repetir essa sensação, mas exige apostas cada vez mais frequentes ou de valores maiores”, explica. Essa escalada pode levar a prejuízos financeiros graves, com 86% dos apostadores endividados e 64% com o nome restrito, conforme levantamento do Instituto Locomotiva (2024).
Um aspecto preocupante é o vício cruzado, quando a pessoa apresenta mais de uma dependência simultaneamente, como apostas, álcool, narguilé e energéticos. Teixeira destaca que “um comportamento potencializa o outro e dificulta a recuperação”. A pressão enfrentada por atletas de alto rendimento, por exemplo, pode ser um gatilho para o desenvolvimento desses hábitos, já que a cobrança constante impacta diretamente a saúde mental.
Identificar os sinais de alerta é fundamental para buscar ajuda o quanto antes. Entre os principais indicativos estão a preocupação constante com as apostas, a necessidade de apostar valores cada vez maiores para sentir prazer, prejuízos financeiros, mentiras para ocultar gastos e queda no desempenho escolar, profissional ou social. O psicólogo reforça que “muitos acreditam que é ‘falta de vergonha na cara’. Esse mito é perigoso, porque atrasa a busca por ajuda. Estamos falando de um transtorno sério, reconhecido pela medicina”.
Para quem enfrenta esse problema ou convive com alguém nessa situação, existem opções de tratamento disponíveis. Serviços públicos, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), grupos de apoio como os Jogadores Anônimos (JA) e a rede privada oferecem suporte especializado. Além disso, plataformas de apostas licenciadas disponibilizam ferramentas como autoexclusão e limites de depósito e tempo para prevenção. Em situações de crise, o contato com o CVV (188) ou unidades de pronto atendimento é recomendado.
Leonardo Teixeira também dedica esforços para ampliar o acesso à informação, oferecendo conteúdos gratuitos que auxiliam na conscientização e no enfrentamento do vício. “O vício tem tratamento. É possível, sim, retomar o controle da vida e reconstruir vínculos familiares”, conclui o especialista.
Este conteúdo foi elaborado com dados fornecidos pela assessoria de imprensa, trazendo informações essenciais para a saúde mental e o bem-estar das famílias diante do crescimento das apostas online. Fique atenta aos sinais e saiba que ajuda está disponível para quem precisa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA