Redução do trabalho remoto afeta mulheres e aumenta intenção de demissão

Pesquisa revela que a diminuição do home office impacta desproporcionalmente a força de trabalho feminina, elevando o risco de turnover.

Dados recentes de uma pesquisa conduzida pelo Insper, em parceria com a Robert Half, apontam que a redução do trabalho remoto tem um impacto desproporcional sobre as mulheres no mercado de trabalho. O estudo, realizado entre março e abril de 2025 com 1.432 profissionais de diferentes setores, revela que o retorno ao modelo 100% presencial aumenta significativamente a intenção de demissão feminina.

Segundo Tatiana Iwai, professora e coordenadora do Centro de Estudos em Negócios do Insper, “em um contexto no qual funções domésticas e de cuidado seguem recaindo majoritariamente sobre as mulheres, a flexibilidade tem sido fundamental para que elas consigam equilibrar as múltiplas demandas da vida pessoal e do trabalho.” A suspensão do home office, portanto, dificulta esse equilíbrio e pode prejudicar a ascensão das mulheres em cargos de liderança, reforçando a baixa representatividade feminina em posições de destaque.

Além disso, o levantamento destaca que as mulheres percebem uma perda maior em benefícios relacionados ao bem-estar, como a melhora da saúde mental e o tempo dedicado ao autocuidado, quando retornam ao trabalho presencial. Aspectos como o equilíbrio entre vida pessoal e profissional (worklife balance) e a redução do estresse também são fortemente impactados.

Mariana Horno, diretora de recrutamento executivo da Robert Half, reforça a preocupação: “O relatório também alerta para o risco de elevação nos níveis de turnover para as mulheres. Em um cenário de pleno emprego entre profissionais com qualificação, os dados contribuem com uma reflexão importante sobre as consequências não intencionais de decisões que desconsideram as dinâmicas mencionadas acima.”

A pesquisa evidencia que, apesar dos avanços tecnológicos e das mudanças recentes no mercado de trabalho, as organizações ainda precisam considerar as particularidades da força de trabalho feminina para evitar perdas significativas de talentos. A flexibilidade no trabalho não é apenas uma questão de comodidade, mas uma necessidade para garantir a saúde mental, o bem-estar e a permanência das mulheres nas empresas.

Este estudo reforça a importância de políticas corporativas que promovam ambientes inclusivos e flexíveis, capazes de atender às demandas específicas das mulheres, especialmente em um cenário pós-pandemia onde o equilíbrio entre vida pessoal e profissional se tornou prioridade.

A análise detalhada dos dados da Robert Half e do Insper traz à tona um alerta para gestores e líderes: a redução do trabalho remoto pode ter efeitos negativos profundos sobre a carreira feminina e, consequentemente, sobre a diversidade e a equidade nas organizações.

Para as mulheres, a manutenção de modelos híbridos ou flexíveis pode ser decisiva para a continuidade de suas trajetórias profissionais e para a construção de ambientes de trabalho mais justos e saudáveis.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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