Primeira IA brasileira para seleção de embriões é validada em estudo internacional

Plataforma MAIA, desenvolvida no Brasil, alcança até 70% de acurácia e promete revolucionar a reprodução assistida

A inteligência artificial (IA) brasileira acaba de conquistar um importante reconhecimento internacional. A plataforma MAIA, a primeira IA desenvolvida no Brasil para auxiliar embriologistas na seleção de embriões, teve seu estudo de validação publicado no renomado periódico Scientific Reports, do grupo Nature. Essa conquista representa um avanço significativo para a saúde reprodutiva no país e na América Latina.

Desenvolvida pela Huntington Medicina Reprodutiva em parceria com a UNESP, a MAIA foi treinada com um banco de dados exclusivo de 1.015 imagens de blastocistos coletadas em três centros de reprodução assistida em São Paulo. A validação prospectiva envolveu 200 transferências de embrião único (SETs), nas quais a plataforma atingiu uma acurácia global de 66,5%, chegando a 70,1% em casos eletivos — quando há mais de um embrião disponível para escolha. Isso significa que, em cerca de 7 a cada 10 situações, a IA indicou o embrião que efetivamente gerou uma gestação clínica.

Além disso, o desempenho da MAIA foi ainda mais expressivo quando suas escolhas divergiram das decisões dos embriologistas, alcançando uma taxa de gravidez clínica de 75% e acurácia de 81,8%. Esses números são comparáveis aos principais sistemas internacionais, demonstrando o potencial da tecnologia em tornar a seleção embrionária mais objetiva, padronizada e eficiente.

Um diferencial importante da MAIA é que ela foi desenvolvida com dados brasileiros, levando em conta a diversidade genética e demográfica do país. Essa característica garante resultados mais precisos do que os sistemas importados, que muitas vezes não consideram as particularidades locais. Como resultado, a ferramenta pode reduzir o número de tentativas necessárias para a gravidez, diminuir os custos dos tratamentos e minimizar riscos clínicos, favorecendo protocolos com transferência de embrião único e evitando gestações múltiplas.

O projeto teve início em 2018 e, desde então, contou com anos de pesquisa e colaboração entre especialistas da Huntington e da UNESP. Atualmente, a MAIA já é utilizada na rotina clínica do Grupo Huntington, que celebra 30 anos de atuação em 2025 e se consolida como referência em reprodução assistida no Brasil e na América Latina.

Segundo o diretor de Embriologia do Grupo Huntington, Dr. José Roberto Alegretti, “nosso objetivo nunca foi substituir o embriologista, mas sim oferecer um recurso que traga consistência e reduza a subjetividade da decisão clínica. Ao treinar a MAIA com dados brasileiros, conseguimos desenvolver uma tecnologia adaptada à nossa realidade, que já mostra resultados concretos e pode encurtar o caminho até a gestação”.

A validação da MAIA representa um marco para a ciência nacional, fortalecendo a independência tecnológica do Brasil e beneficiando milhares de casais que sonham com a maternidade e a paternidade. Essa inovação reforça o compromisso do país com o avanço científico e a melhoria da qualidade dos tratamentos em saúde reprodutiva.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Huntington Medicina Reprodutiva.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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