Outubro Rosa 2025: campanha amplia inclusão e acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer de mama
Sete associações médicas se unem para fortalecer prevenção, combater fake news e garantir direitos das mulheres
A campanha Outubro Rosa 2025 chega com ações ainda mais abrangentes e inclusivas, reunindo sete importantes associações médicas brasileiras, entre elas a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). O objetivo é ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer de mama, além de reforçar a importância da prevenção e do combate à desinformação. As informações são da assessoria de imprensa das entidades envolvidas.
Uma das principais novidades deste ano é a recomendação do Ministério da Saúde para a realização da mamografia “sob demanda” a partir dos 40 anos no Sistema Único de Saúde (SUS), alinhada às diretrizes das associações médicas. Estudos conduzidos pela SBM, com dados do SUS entre 2013 e 2022, revelam que apenas 22% das mulheres entre 40 e 49 anos realizaram mamografia na última década, e que 54% dos casos diagnosticados nessa faixa etária são em estágios avançados (III e IV). Para mulheres de 50 a 69 anos, a taxa de rastreamento foi de 33%, com 48% dos diagnósticos também em estágios avançados.
Além da ampliação da faixa etária para mamografia, que agora inclui mulheres até 74 anos, a campanha traz um olhar especial para a inclusão. A SBM criou um departamento dedicado à saúde inclusiva, com foco em garantir que a prevenção, diagnóstico e tratamento sejam acessíveis a todas as mulheres, independentemente de suas condições físicas, sensoriais ou cognitivas. O slogan “Juntos somos mais fortes – para todos” reforça esse compromisso.
Outro avanço importante é a ampliação do direito à cirurgia reparadora da mama, garantida pela Lei nº 15.171/2025, que passa a vigorar em novembro. Atualmente, apenas 20% das mulheres submetidas à mastectomia pelo SUS realizam a reconstrução mamária. A SBM também promove cursos de formação em cirurgia oncoplástica, consolidando o Brasil como referência no treinamento de cirurgiões para técnicas que combinam tratamento oncológico e reconstrução estética.
A campanha também destaca a necessidade de ampliar a testagem genética para detecção de mutações como BRCA1 e BRCA2 no SUS, fundamentais para identificar mulheres com alto risco de câncer de mama e ovário. Embora exista legislação para o exame em cinco estados, apenas Goiás implementou o teste de forma efetiva.
No que diz respeito ao tratamento medicamentoso, a campanha ressalta a importância do acesso ao trastuzumabe para pacientes com câncer de mama HER2+, disponível no SUS desde 2013, e a urgência de ampliar o acesso ao pertuzumabe, ainda indisponível na rede pública. O câncer triplo-negativo, agressivo e com alta mortalidade, especialmente entre mulheres jovens, também é foco de pesquisas da SBM, que apontam para a necessidade de acesso rápido a tratamentos como a imunoterapia com pembrolizumabe, ainda não disponível no SUS.
Segundo Tufi Hassan, presidente da SBM, “O projeto Outubro Rosa 2025, colocado em curso pela união e a força de sete das mais importantes sociedades médicas do Brasil, reforça que o câncer de mama tem cura se for diagnosticado precocemente. ‘Juntos somos mais fortes’ para enfrentar de forma eficiente uma doença que tanto sofrimento traz às mulheres brasileiras e suas famílias”.
A campanha mantém o compromisso de combater fake news e disponibiliza informações confiáveis no site juntossomosmaisfortes.org.br, que desde 2024 tem sido uma ferramenta essencial para esclarecer a população. A participação dos personagens da Turma da Mônica também ajuda a ampliar o alcance da mensagem, especialmente entre o público jovem.
Outubro Rosa 2025 reafirma a importância da prevenção, do diagnóstico precoce, do tratamento acessível e da inclusão, fortalecendo a luta contra o câncer de mama em todo o Brasil.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA