Blogueiros CLT: como a exposição da rotina de trabalho nas redes sociais desafia empresas

Movimento crescente revela bastidores corporativos e provoca reflexão sobre limites entre vida pessoal e profissional

As redes sociais fazem parte da rotina de mais de 144 milhões de brasileiros, que passam em média 3h37 conectados diariamente, segundo dados do DataReportal (2024). Nesse cenário, surge o fenômeno dos “blogueiros CLT”: colaboradores que compartilham sua rotina de trabalho nas redes sociais e, muitas vezes, viralizam ao mostrar os bastidores corporativos. Esse comportamento tem impacto direto no ambiente profissional, já que 56% dos trabalhadores brasileiros admitem acessar redes durante o expediente (IAB Brasil/Toluna) e globalmente 98% dos funcionários usam as plataformas para fins pessoais, sendo que metade já publicou algo sobre sua empresa (Zippia).

Segundo dados da Gitnux e ZipDo (2025), 70% dos empregadores verificam os perfis sociais de candidatos, 54% já rejeitaram alguém por publicações e 71% contrataram por meio das redes sociais — prática considerada eficaz por 75% dos recrutadores. Esse contexto traz à tona o desafio de equilibrar a liberdade individual dos colaboradores com a preservação da imagem corporativa.

Danilca Galdini, sócia-diretora de Pessoas & Cultura, DE&I e Insights da Cia de Talentos, destaca que “quando uma empresa pede o link das redes sociais de uma pessoa candidata, o objetivo é entender mais do que o currículo revela: valores, estilo de comunicação e se há alinhamento cultural. Isso pode ser legítimo em alguns contextos, mas precisa ser feito com responsabilidade. Sem transparência e critérios claros, a prática passa a ser invasiva e injusta”. Ela ressalta que o monitoramento deve se restringir a situações específicas, como divulgação de informações sigilosas, discurso discriminatório ou ataques diretos à organização. “Vida pessoal é vida pessoal. O limite é claro e a intervenção só cabe quando há dano real à empresa ou às pessoas que fazem parte dela. Fora isso, estamos falando de opinião pessoal, que deve ser respeitada.”

Além disso, os “blogueiros CLT” também geram debates internos em datas sazonais, como quando colaboradores compartilham benefícios corporativos, o que pode reforçar a cultura da empresa, mas também causar desconforto se houver desigualdade entre áreas ou cargos.

Para Danilca, apesar dos riscos, o movimento deve ser visto como uma oportunidade estratégica. “Há riscos reais, claro, mas também existe um choque cultural: muitas lideranças não sabem lidar com o protagonismo das pessoas colaboradoras nas redes. O que antes ficava restrito à comunicação oficial, agora ganha voz e views no dia a dia. Eu vejo isso como um convite para abraçar a transformação digital, orientar e transformar essas pessoas colaboradoras em aliadas da marca empregadora, fortalecendo a confiança e construindo uma cultura organizacional mais autêntica e transparente.”

Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa da Cia de Talentos, refletindo as tendências atuais no relacionamento entre colaboradores, redes sociais e empresas.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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