Burnout em TI: alerta para a saúde mental das mulheres no setor tecnológico

Alta pressão e jornadas exaustivas elevam os índices de esgotamento entre profissionais de TI, exigindo cuidado e gestão humanizada

Os índices de burnout no setor de Tecnologia da Informação (TI) têm chamado atenção para a necessidade urgente de cuidados com a saúde mental, especialmente entre as mulheres que atuam nesse segmento. Dados recentes divulgados pela assessoria de imprensa mostram que 42,5% dos profissionais de TI apresentam sintomas físicos e mentais característicos da síndrome, enquanto 38,1% relatam sinais claros de esgotamento.

O burnout, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença ocupacional desde 2022, manifesta-se por cansaço físico e mental constante, irritabilidade, distanciamento emocional, falta de motivação e problemas de saúde como dores de cabeça e insônia. Esses sintomas são particularmente preocupantes no setor de TI, que lidera o ranking de esgotamento entre os setores avaliados em uma pesquisa com 4.440 profissionais.

Segundo o médico do trabalho Dr. Phelipe Felício, a sobrecarga na área é intensa devido a jornadas extensas, pressão por resultados e uma cultura de entregas rápidas, muitas vezes sem o devido reconhecimento. “A área de TI sustenta a digitalização de praticamente todos os negócios, mas convive com altas demandas, prazos curtos e constante pressão por inovação, reforçando uma cultura de alta performance. Além disso, atividades como implantação de sistemas, segurança cibernética e suporte exigem disponibilidade contínua. A lógica de que ‘o sistema não pode parar’ gera uma sensação permanente de prontidão, com pouco espaço para erros ou falhas, o que aumenta a ansiedade”.

A mentora e palestrante Patricia Nagase destaca que a falta de clareza sobre valores e limites pessoais contribui para o ritmo acelerado que leva à exaustão. “O resultado aparece nos crescentes índices de burnout no setor: reflexo direto da alta pressão e da dificuldade de reconhecer quando é hora de pausar. Quando o corpo e a mente deixam de sustentar a demanda, a conta chega — e muitas vezes tarde demais”.

Outro fator crítico é a conectividade constante, que compromete o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Dr. Phelipe Felício ressalta que “são chamados fora do horário, mensagens urgentes e a sensação de estar sempre de plantão que comprometem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Soma-se a isso o isolamento social e a comunicação limitada, fatores que impactam de forma significativa a saúde mental”.

Para Gilberto Reis, COO da Runtalent, o cuidado com a saúde mental deve partir da liderança das empresas. “Ignorar esses dados pode não apenas comprometer a saúde de um colaborador, mas também desmotivar um time inteiro. É fundamental mapear os sinais de esgotamento, direcionar intervenções personalizadas, acompanhar de perto os níveis de proteção contra a exaustão e garantir que o ambiente de trabalho seja sempre um espaço de crescimento, nunca um lugar nocivo”.

O cenário evidencia que o burnout é um risco estratégico para as empresas, afetando produtividade, inovação e retenção de talentos. A solução, segundo especialistas, passa pela adoção de uma gestão mais humana, com limites claros para a jornada, apoio emocional e promoção de ambientes sustentáveis que favoreçam o bem-estar dos profissionais.

Embora o problema seja mais grave em TI, outras áreas como Administração, Finanças, Marketing e Vendas também apresentam índices elevados de esgotamento, reforçando a importância de políticas de saúde mental em todos os setores.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados da assessoria de imprensa, destacando a urgência de atenção à saúde mental no universo feminino do setor tecnológico.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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