Paraná lidera doações de órgãos e inspira campanhas do Setembro Verde no Brasil
Estado registra taxa de doações 94% acima da média nacional e reforça importância da solidariedade
O Paraná se destaca nacionalmente como líder nas doações de órgãos, inspirando campanhas de conscientização durante o Setembro Verde, mês dedicado à importância desse gesto de solidariedade. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, o estado apresenta uma taxa de doações 94% superior à média nacional, refletindo o engajamento de instituições de saúde e da sociedade em geral.
Um exemplo marcante é a história de Daniela Fontoura, psicóloga clínica e hospitalar, que após anos em tratamento, recebeu um transplante renal realizado pelo Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba. A cirurgia, que durou quatro horas, transformou sua vida: “Fiquei 14 dias internada e, desde então, não precisei mais de hemodiálise”, comemora Daniela, que hoje dedica sua carreira ao cuidado integral de pessoas em processo de adoecimento, retribuindo o gesto de solidariedade que recebeu.
O Hospital Universitário Cajuru é referência nacional em captação e transplante de órgãos, com atendimento 100% pelo SUS. Em 2024, registrou uma taxa de conversão de doadores efetivos de 76%, uma das mais altas do país. A instituição conta com uma equipe multiprofissional especializada e acompanha pacientes transplantados há mais de 30 anos, garantindo excelentes resultados na sobrevida dos pacientes e dos enxertos.
Apesar dos avanços, a resistência familiar em autorizar a doação ainda é um desafio. O médico nefrologista Alexandre Bignelli, coordenador do Serviço de Transplante Renal do hospital, destaca que campanhas contínuas e uma abordagem humanizada no momento do luto são essenciais para aumentar a aceitação. “Quando a família entende o impacto positivo que essa decisão pode gerar, as chances de aceitação aumentam. A informação precisa chegar aos lares, de forma clara e empática”, ressalta.
No Brasil, a doação depende da autorização familiar após o diagnóstico de morte encefálica, diferente de países com doação presumida. Por isso, é fundamental que a vontade de doar seja comunicada em vida. O processo é transparente, informatizado e sem privilégios, sendo muitas vezes a única chance de sobrevivência para quem está na fila de espera.
O Hospital Universitário Cajuru realiza cerca de 50 transplantes por ano e acompanha mais de mil pacientes transplantados. No caso dos rins, o hospital é responsável por 8% a 10% dos transplantes renais realizados no Paraná. Além disso, órgãos como fígado, pâncreas, coração, pulmão, intestino, córnea, pele e tecidos músculo-esqueléticos também podem ser doados, ampliando as chances de salvar vidas.
A campanha Setembro Verde reforça a importância desse gesto, transformando histórias de esperança em símbolos de vida. O exemplo do Paraná mostra que, com informação e solidariedade, é possível salvar vidas e inspirar toda a sociedade a dizer “sim” à doação de órgãos.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA