Cannabis medicinal cresce 56% no Brasil e impulsiona debates sobre regulação e mercado

Setor em expansão reúne especialistas para discutir desafios e oportunidades no 10º Congresso Analitica Latin America

O mercado de cannabis medicinal no Brasil está em plena expansão, registrando um crescimento de 56% em 2024, com 672 mil pacientes cadastrados, segundo dados da plataforma Kaya Mind. Esse avanço significativo vem acompanhado de debates importantes sobre a regulação e o fortalecimento da cadeia produtiva nacional, temas que ganharam destaque no 10º Congresso Analitica, realizado dentro da Analitica Latin America, o maior evento do setor químico analítico da América Latina.

Durante o congresso, especialistas de diferentes áreas se reuniram para discutir os principais desafios do setor, como os altos custos dos produtos e a dependência de extratos importados, que ainda limitam o acesso e o desenvolvimento da indústria nacional. Carolina Sellani, coordenadora do grupo de trabalho sobre insumos de cannabis da ABIQUIFI, Allan Rossini, supervisor de pesquisa e produção da FarmaUSA, e Ubiracir Fernandes Lima Filho, coordenador do Comitê de Apoio à Cadeia Produtiva de Insumos Químicos (CAIQ), destacaram a importância de investimentos em profissionais qualificados e em sistemas rigorosos de controle de qualidade para garantir a segurança e eficácia dos produtos.

“Precisamos de especialistas preparados para atuar nesse mercado”, ressaltou Ubiracir Fernandes. Allan Rossini complementou que a química analítica é fundamental em toda a cadeia produtiva, desde o mapeamento da planta até o produto final, pois o método de extração influencia diretamente a composição dos canabinóides presentes nos extratos.

A regulação do setor também foi um ponto central do debate. Carolina Sellani lembrou que, até 2019, não existiam normas específicas para a cannabis no Brasil. “Quando a ANVISA autorizou o uso medicinal de produtos à base de cannabis foi um marco para a indústria”, afirmou. Entre os avanços recentes, destaca-se a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em novembro de 2024, que autorizou o cultivo industrial do cânhamo para fins medicinais, abrindo caminho para a produção nacional e possível redução de custos. A ANVISA tem até o final de setembro para publicar uma resolução detalhando os requisitos para cultivo, controle e qualidade.

A pesquisadora Júlia Petenon, da Embrapii, acompanhou o painel e avaliou que o debate trouxe uma visão ampla, unindo ciência, regulação e mercado. Ela destacou que, apesar das dúvidas ainda existentes, a pesquisa em cannabis medicinal tem grande potencial de crescimento no Brasil.

O 10º Congresso Analitica Latin America segue reunindo especialistas para discutir tendências e inovações em diversos setores, incluindo alimentos, farmacêutico e energias alternativas, até o final do evento. Este momento de expansão da cannabis medicinal no país mostra que o mercado está em transformação, com oportunidades para inovação, desenvolvimento científico e fortalecimento da indústria nacional.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa, refletindo o cenário atual e os debates mais relevantes sobre a cannabis medicinal no Brasil.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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