Menopausa em Debate: Celebridades e Ciência Quebrando o Silêncio de Milhões de Mulheres

Como a exposição pública e os avanços científicos estão transformando a percepção e o cuidado da menopausa, resgatando autoestima e qualidade de vida.

De Fernanda Lima a Claudia Raia, cada vez mais famosas têm falado abertamente sobre libido, autoestima e mudanças no corpo. A ciência também evoluiu — novos estudos mostram que a reposição hormonal pode ser mais segura do que se pensava. Afinal, o que isso tudo significa para as mulheres comuns?

A menopausa saiu do consultório e entrou na conversa pública
Por muito tempo, falar sobre menopausa era sinônimo de tabu. Silêncio, vergonha, invisibilidade. Hoje, no entanto, celebridades têm usado seus holofotes para expor sintomas que antes eram guardados a sete chaves. Fernanda Lima comentou recentemente sobre transformações na libido e no sono. Claudia Raia levou sua experiência com menopausa para os palcos, descrevendo o período como um choque de “finitude”. Claudia Ohana e Maria Clara Gueiros também revelaram impactos emocionais e físicos dessa fase.

Esse movimento é poderoso: mostra que a menopausa não é apenas um evento biológico, mas uma mudança que atravessa identidade, vida sexual, carreira e autoestima.

A ciência também mudou a forma de olhar para a menopausa
Se antes a reposição hormonal era vista quase como vilã, novas pesquisas revisitaram os riscos e benefícios. Estudos recentes indicam que, quando iniciada antes dos 60 anos ou logo após a menopausa, a terapia hormonal pode:
– Reduzir ondas de calor e insônia;
– Proteger a saúde óssea, evitando osteoporose;
– Diminuir risco cardiovascular em alguns grupos;
– Contribuir para preservação cognitiva.

“Hoje sabemos que o tratamento precisa ser individualizado. Nem toda mulher pode ou deve usar hormônios, mas para muitas eles representam qualidade de vida. O segredo está na avaliação criteriosa e no acompanhamento médico constante”, explica o Dr. Ronan Araujo, médico nutrólogo e referência nacional em emagrecimento e longevidade.

Menopausa vai além do corpo: é também emocional e social
A queda hormonal traz consequências fisiológicas, mas o impacto emocional é igualmente devastador. Alterações no humor, perda da libido, ansiedade e a sensação de invisibilidade social fazem com que muitas mulheres sintam que “perdem o lugar” que ocupavam na vida pessoal e profissional.

“É fundamental compreender que o climatério e a menopausa não representam o fim, mas o início de uma nova fase. Com informação e acompanhamento médico adequado, é possível viver com vitalidade, energia e autoestima”, afirma o Dr. Ronan Araujo.

Como lidar melhor com essa fase
Especialistas destacam algumas estratégias práticas para atravessar o climatério e a menopausa com mais equilíbrio:
– Alimentação anti-inflamatória: incluir fibras, proteínas magras, ômega-3, frutas e vegetais.
– Manutenção da massa magra: musculação e exercícios de resistência ajudam a preservar músculos e ossos.
– Sono de qualidade: fundamental para saúde metabólica e mental.
– Apoio psicológico: terapias e grupos de apoio reduzem ansiedade e solidão.
– Avaliação hormonal periódica: para decidir, junto com o médico, sobre reposição ou alternativas naturais.

A menopausa, finalmente, deixou de ser invisível. Ao mesmo tempo em que celebridades quebram tabus, a ciência mostra novas possibilidades para viver esse período com dignidade e qualidade. Mais do que falar de sintomas, trata-se de oferecer caminhos para que mulheres possam manter saúde, autoestima e vitalidade em uma fase que não precisa mais ser sinônimo de silêncio e sofrimento.

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Por Dr. Ronan Araujo

Médico formado pela Universidade Cidade de São Paulo, especialista em nutrologia pela ABRAN, membro da ABESO, CRM 197142

Artigo de opinião

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