Dormir mal pode dobrar o risco de Alzheimer, alertam especialistas

Apneia do sono acelera a perda cognitiva e favorece o acúmulo de proteínas tóxicas no cérebro

Dormir mal pode ter consequências graves para a saúde do cérebro, incluindo o aumento do risco de Alzheimer. Especialistas alertam que a apneia do sono, um distúrbio caracterizado por pausas respiratórias durante a noite, pode dobrar esse risco, especialmente em mulheres.

De acordo com dados divulgados por uma assessoria de imprensa, pesquisadores da Universidade de Michigan acompanharam mais de 18.500 adultos com mais de 50 anos durante dez anos. O estudo revelou que pessoas com apneia do sono apresentaram maior perda cognitiva, com destaque para o grupo feminino, que teve risco duas vezes maior.

O problema começa quando a apneia reduz a oxigenação do cérebro. O pneumologista Dr. Geraldo Lorenzi Filho explica que essas interrupções respiratórias causam inflamação crônica e dificultam a eliminação de proteínas tóxicas, como a beta-amiloide. Esse acúmulo está entre os principais marcadores do Alzheimer, conforme reforçado por estudos publicados no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.

Além disso, a apneia prejudica a fase REM do sono, responsável por organizar memórias e regular emoções. “Distúrbios nessa fase elevam os níveis de biomarcadores ligados à doença, mesmo antes de surgirem sintomas clínicos”, destaca o especialista. A fragmentação do sono profundo também compromete o sistema glinfático, que atua na limpeza do cérebro, eliminando proteínas neurotóxicas.

Os sinais mais comuns da apneia do sono incluem ronco intenso, pausas respiratórias e sonolência excessiva durante o dia. Para confirmar o diagnóstico, exames como a polissonografia são recomendados. O tratamento varia conforme a gravidade e pode envolver mudanças de hábitos, uso de dispositivos CPAP para manter as vias aéreas abertas e, em alguns casos, cirurgia.

O Dr. Lorenzi Filho ressalta que tratar a apneia não só melhora a qualidade do sono, mas também ajuda a preservar a saúde cerebral, reduzindo os danos que comprometem a memória e as funções cognitivas. “Não é apenas a quantidade, mas a qualidade do sono que importa. Cuidar das noites de descanso não é luxo, é estratégia de proteção para o cérebro a longo prazo”, conclui.

Neste mês do Dia Mundial do Alzheimer, o alerta é claro: investir em um sono de qualidade é fundamental para a saúde feminina e para a prevenção de doenças neurodegenerativas. Priorize seu descanso e consulte um especialista se identificar sintomas de apneia do sono. Seu cérebro agradece.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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