Crescem 1.450% buscas por remédios para dormir sem receita: um alerta à automedicação

Ansiedade e insônia levam jovens a buscar soluções rápidas e perigosas, aumentando riscos à saúde física e mental

Nos últimos cinco anos, as buscas online por “remédios para dormir sem receita” aumentaram impressionantes 1.450%, segundo dados da empresa de inteligência de dados Timelens. Esse crescimento alarmante reflete uma tendência preocupante de automedicação, especialmente entre jovens que buscam alívio rápido para ansiedade e insônia, sem acompanhamento médico adequado.

A automedicação, além de mascarar sintomas, pode causar sérios danos à saúde. A endocrinologista Dra. Cristiana Sampaio Mota Souza, da Afya Ipatinga, alerta que o uso indiscriminado desses medicamentos pode levar a toxicidade aguda e efeitos cumulativos, afetando órgãos vitais como fígado, rins, coração e sistema nervoso central. “A condição pode levar à insuficiência hepática, insuficiência renal aguda, arritmias e depressão do centro respiratório, especialmente em casos de uso abusivo de sedativos e opioides”, explica a especialista.

Além dos riscos físicos, a automedicação para problemas psicológicos pode agravar o quadro emocional. Medicamentos como benzodiazepínicos, antidepressivos e hipnóticos atuam diretamente no sistema nervoso central, modulando neurotransmissores importantes. “Quadros crônicos de ansiedade e insônia alteram o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, favorecendo distúrbios como hipertensão, hiperglicemia e dislipidemia. Ao tentar aliviar esses sintomas por conta própria, o indivíduo pode agravar o desequilíbrio físico e psíquico”, complementa a médica.

No Brasil, a automedicação é responsável por cerca de 20 mil mortes anuais, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma). A psicóloga Andréa Chicri Matiassi, da Afya Contagem, destaca que esse comportamento muitas vezes surge da tentativa de silenciar o sofrimento emocional sem buscar ajuda terapêutica. “Angústia, desamparo e sensação de inadequação estão no centro dessa escolha, guiada pela crença de que é preciso ‘funcionar’ o tempo todo, sem espaço para fragilidades.”

A banalização da medicalização da saúde mental reforça uma cultura de alívio imediato, que enfraquece a compreensão do sofrimento e promove a dependência química e simbólica. “No individual, pode gerar dependência e enfraquecer a autonomia diante do sofrimento. No coletivo, contribui para uma sociedade que normaliza a medicalização como resposta padrão, refletindo um ideal de produtividade constante e intolerância à pausa ou à escuta”, conclui a psicóloga.

Este cenário reforça a importância de buscar diagnóstico e tratamento adequados para ansiedade e insônia, valorizando o acompanhamento profissional e evitando os riscos da automedicação. A saúde mental e física são interligadas e merecem cuidados responsáveis para garantir qualidade de vida e bem-estar.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Afya, referência em educação e tecnologia para a prática médica no Brasil.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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