Autismo: sinais podem ser identificados em crianças a partir dos 16 meses no SUS
Ministério da Saúde amplia triagem precoce para autismo com testes na atenção primária e tecnologia inovadora
O diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é fundamental para garantir melhores resultados no desenvolvimento das crianças. Pensando nisso, o Ministério da Saúde lançou uma nova linha de cuidado que inclui a aplicação de testes para identificar sinais consistentes de autismo em crianças de 16 a 30 meses atendidas na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS).
A partir dessa iniciativa, profissionais da rede pública passam a aplicar rotineiramente o teste M-Chat, disponível na Caderneta Digital da Criança e no prontuário eletrônico E-SUS. A expectativa é que, com essa triagem precoce, intervenções e estímulos possam começar antes mesmo do fechamento do diagnóstico formal. Segundo o ministério, “a atuação precoce é fundamental para a autonomia e a interação social futura” das crianças.
Além da novidade no SUS, um avanço tecnológico aprovado pela FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) promete revolucionar o diagnóstico do TEA. Trata-se da ferramenta de Avaliação EarliPoint™, que utiliza rastreamento ocular de alta precisão para analisar como os olhos do bebê reagem a estímulos sociais enquanto assistem a um vídeo de aproximadamente 12 minutos. O sistema registra mais de 120 pontos focais por segundo, comparando os dados com uma base robusta de referência para identificar indícios de autismo, além de avaliar o nível de engajamento social e aspectos da comunicação verbal e não verbal da criança.
A intervenção precoce é considerada essencial porque a primeira infância é o período em que o cérebro apresenta maior plasticidade neuronal, ou seja, maior capacidade de criar novas conexões. Isso facilita o desenvolvimento de habilidades essenciais, prevenindo dificuldades futuras. O Ministério da Saúde define intervenção precoce como aquela realizada na faixa etária de 0 a 6 anos, período em que estímulos adequados são mais eficazes.
Estudos publicados no Journal of Autism and Developmental Disorders indicam que intervenções precoces podem melhorar em até 40% os resultados cognitivos e adaptativos das crianças com TEA. “Intervenção comportamental, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia e suporte educacional são fundamentais para o desenvolvimento das crianças com TEA. Essas terapias ajudam na construção de habilidades essenciais para a independência e inclusão social”, afirma Alice Tufolo, Conselheira Clínica da Genial Care, rede especializada em cuidado para crianças autistas.
O diagnóstico pode gerar emoções intensas para as famílias, como insegurança e ansiedade sobre o futuro da criança. Um estudo da Genial Care em parceria com a Tismoo.me revelou que 79% dos cuidadores de crianças com autismo expressam grande preocupação com os próximos passos após o diagnóstico. “É relevante que a família tenha profissionais de confiança que trabalhem com práticas baseadas em evidências para melhor suporte e direcionamento nesse momento inicial”, conclui Alice Tufolo.
Com essa nova linha de cuidado e tecnologias inovadoras, o SUS avança na missão de oferecer diagnóstico e intervenções precoces para crianças com sinais de autismo, promovendo mais qualidade de vida e autonomia para elas e suas famílias.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA