Mulheres brasileiras deixam a CLT para empreender e conquistar autonomia financeira
Cresce o número de mulheres que buscam flexibilidade e protagonismo no próprio negócio
Um movimento crescente no Brasil mostra que muitas mulheres estão trocando a estabilidade da CLT pelo desafio e a autonomia de abrir o próprio negócio. Segundo dados recentes da assessoria de imprensa, uma pesquisa da Mastercard e da Opinium Research, divulgada em 2025, revela que 80% das mulheres brasileiras já consideraram empreender, embora 53% ainda não tenham dado o primeiro passo, principalmente por falta de financiamento, apontada por 37% delas como a maior barreira.
O cenário do empreendedorismo feminino no país é promissor e em expansão. Dados do Sebrae indicam que, em 2022, o Brasil contabilizou 10,3 milhões de mulheres donas de negócios, um crescimento de 30% em relação ao ano anterior e o maior número desde 2016. Além disso, o Global Entrepreneurship Monitor (GEM) destaca que as mulheres representam 46% dos empreendedores iniciantes no país, com 40% planejando gerar de uma a cinco vagas de trabalho, evidenciando seu impacto econômico e social.
Apesar do avanço, ainda existem desafios significativos, especialmente na questão salarial. O Sebrae, com base na PNAD Contínua, aponta que o rendimento médio das empreendedoras no quarto trimestre de 2024 foi de R$ 2.867, valor 24,4% inferior ao dos homens empreendedores. Essa disparidade está relacionada a fatores estruturais, como a sobrecarga doméstica, a menor visibilidade para acesso a investimentos e as dificuldades enfrentadas após a maternidade.
Exemplos inspiradores, como o de Jeane Seixas, sócia-diretora da Clínica Day Fono, ilustram como é possível superar essas barreiras. Com uma carreira consolidada no mercado financeiro, onde atuou por 15 anos e conquistou certificações importantes, ela decidiu empreender na área da saúde, alinhando sua experiência profissional à gestão do tempo para acompanhar de perto o crescimento dos filhos. Essa escolha reflete a busca por um equilíbrio entre carreira e maternidade, valorizando a flexibilidade que o empreendedorismo pode oferecer.
Mais do que trajetórias individuais, o crescimento do empreendedorismo feminino representa uma transformação econômica e social. O GEM 2023 aponta que, entre os 47,7 milhões de potenciais empreendedores até 2026, 54,6% são mulheres — a maior participação proporcional já registrada, invertendo o domínio masculino de anos anteriores. Esse cenário reforça que a independência profissional feminina está redefinindo normas e criando novas dinâmicas de inovação, inclusão e crescimento no Brasil.
Assim, a troca da CLT pelo próprio negócio não é apenas uma busca por autonomia financeira e tempo livre, mas um movimento que fortalece o protagonismo feminino na economia real, abrindo caminhos para um futuro mais igualitário e flexível.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA