Tecnologia no trabalho: como o uso excessivo pode aumentar a ansiedade feminina
Especialistas alertam que notificações constantes e hiperconexão elevam quadros de ansiedade no ambiente corporativo
Dados recentes da assessoria de imprensa da Vidalink, maior empresa de planos de bem-estar corporativo do Brasil, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Humano Janeiro Branco, revelam um cenário preocupante para a saúde mental no ambiente de trabalho. Durante o Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio, especialistas destacam que o uso intenso da tecnologia pode ser um fator decisivo para o aumento dos quadros de ansiedade entre profissionais.
Segundo o estudo “Check-up de bem-estar 2024”, que analisou 10.300 empregados de 220 grandes empresas, 41% dos trabalhadores se sentem ansiosos na maior parte dos dias. Quando somadas manifestações como angústia e falta de motivação, esse índice sobe para 65%. Paralelamente, o Ministério da Previdência registrou mais de 470 mil afastamentos por transtornos mentais em 2024, o maior número desde 2014, com um aumento de 68% em relação ao ano anterior.
Leonardo Abrahão, psicólogo e presidente do Instituto Janeiro Branco, explica que é fundamental distinguir a ansiedade comum do transtorno de ansiedade. “A ansiedade comum é uma reação natural de proteção, com começo, meio e fim. Já o transtorno se manifesta sem motivo proporcional, é recorrente, interfere no dia a dia e causa sofrimento significativo.” Entre os sinais de alerta estão preocupação constante, insônia e dificuldade de concentração.
A tecnologia, que deveria facilitar a rotina, pode se tornar um gatilho. “O excesso de notificações, a telepressão pela expectativa de respostas imediatas e o doomscrolling noturno colocam profissionais em estado de hipervigilância, gerando fadiga e prejudicando o sono”, afirma Abrahão. Ele destaca sintomas como irritabilidade após uso das redes sociais, checagem compulsiva do celular e sensação constante de cansaço mesmo após descanso.
A geração Z, composta por nativos digitais, é a mais impactada. Dados da Vidalink mostram que o consumo de antidepressivos e ansiolíticos entre esses jovens cresceu quase 8% em 2024. Luis Gonzalez, CEO da Vidalink, ressalta que esses profissionais enfrentam a pressão de construir carreiras em um mercado marcado pela automação e inteligência artificial, o que aumenta a ansiedade. Por outro lado, eles têm menos estigma para buscar ajuda, o que favorece tratamentos precoces.
Além do impacto individual, a crise de saúde mental gera prejuízos financeiros bilionários para as empresas. Cada afastamento custa em média R$ 1,9 mil por mês, totalizando mais de R$ 3 bilhões em 2024. Gonzalez alerta que “empresas que não colocarem a saúde mental no centro da estratégia perderão competitividade”.
Para reverter esse quadro, a Vidalink recomenda ações contínuas, como monitoramento do bem-estar, capacitação de lideranças para identificar sinais de esgotamento digital, políticas de direito à desconexão e programas de benefícios que incluam terapia, alimentação saudável e meditação. Criar uma cultura de segurança psicológica é essencial para que os colaboradores possam falar abertamente sobre sua relação com a tecnologia.
No âmbito individual, Leonardo Abrahão sugere microajustes simples, como desligar notificações não essenciais, estabelecer horários fixos para checar mensagens, usar blocos de foco digital com modo avião, fazer uma higiene digital antes de dormir e utilizar aplicativos de bem-estar para meditação e organização da rotina.
“Reconhecer esses sinais e oferecer apoio é um passo essencial para transformar o ambiente de trabalho em um espaço mais saudável e humano”, conclui Gonzalez. Se você enfrenta dificuldades, procure ajuda profissional ou entre em contato com o CVV pelo número 188, disponível 24 horas gratuitamente.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Vidalink e do Instituto de Desenvolvimento Humano Janeiro Branco.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA