Dia Mundial do Coração: exames de sangue que ajudam a prevenir riscos cardíacos
Conheça os principais marcadores sanguíneos que antecipam problemas no coração e fortalecem a prevenção
No Dia Mundial do Coração, celebrado em 29 de setembro, a atenção se volta para a prevenção das doenças cardiovasculares, que continuam sendo a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 400 mil brasileiros faleceram por problemas cardíacos em 2022, enquanto globalmente esse número ultrapassa 18 milhões anualmente, conforme a Federação Mundial do Coração. Diante desse cenário, os exames de sangue que medem marcadores específicos surgem como ferramentas essenciais para detectar riscos antes mesmo do surgimento dos sintomas.
Entre os exames mais conhecidos estão as troponinas T e I, que são altamente sensíveis para identificar lesões no músculo cardíaco. “Esses exames são fundamentais em casos de emergência, porque conseguem apontar até pequenas alterações que já indicam microinfartos. Quando dosados de forma seriada, ajudam o médico a decidir rapidamente sobre o tratamento adequado”, explica Marcos Kozlowski, especialista em bacteriologia do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas. Outro marcador complementar é a CK-MB, que ainda é utilizada no diagnóstico do infarto agudo do miocárdio, embora seja menos específica.
Além dos marcadores de lesão aguda, existem exames que avaliam o risco cardiovascular a longo prazo. A PCR de alta sensibilidade (hs-CRP) é um deles, pois detecta inflamações silenciosas no organismo. “Mesmo quando o paciente não apresenta sintomas, a elevação da PCR pode sinalizar um risco maior de infarto ou AVC nos anos seguintes”, destaca Kozlowski. Outro exame importante é a Lipoproteína(a), ou Lp(a), que tem níveis determinados geneticamente. Esse teste é especialmente relevante para quem tem histórico familiar de doenças cardíacas, já que níveis elevados aumentam o risco, mesmo com colesterol tradicional normal.
Estudos recentes reforçam a importância de combinar diferentes marcadores para prever riscos futuros. Uma pesquisa publicada no New England Journal of Medicine acompanhou quase 28 mil mulheres e mostrou que a análise conjunta de LDL, hs-CRP e Lp(a) permite prever eventos cardiovasculares por até 30 anos. “Esse dado reforça que o monitoramento não deve começar apenas após os 60 anos. Pessoas a partir dos 30 ou 40 anos já podem se beneficiar de uma avaliação mais detalhada, especialmente se houver fatores de risco associados”, afirma o especialista.
Novos biomarcadores também ganham espaço, como o ST2, ligado ao prognóstico em pacientes com insuficiência cardíaca, e a H-FABP, que permite a detecção precoce de infarto, até mesmo antes da troponina. “A combinação desses marcadores com os exames tradicionais aumenta significativamente a precisão diagnóstica e pode salvar vidas em atendimentos de urgência”, completa Kozlowski.
No Brasil, a prevenção ainda precisa avançar, especialmente entre mulheres jovens. Entre 1990 e 2019, o número de mortes por infarto em mulheres de 15 a 49 anos aumentou 62%, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. “Essa estatística acende um alerta: precisamos ampliar o acesso a exames de sangue que possam identificar precocemente os riscos também em adultos jovens. A doença cardíaca não é exclusividade da terceira idade”, reforça o especialista.
Neste Dia Mundial do Coração, a mensagem é clara: exames de sangue como troponinas, PCR de alta sensibilidade, Lipoproteína(a), ST2 e H-FABP são aliados poderosos para diagnóstico rápido e prevenção eficaz. Quanto mais cedo o risco for identificado, maiores as chances de evitar complicações graves e preservar a saúde do coração.
Principais exames para monitorar a saúde cardiovascular:
– Troponinas T e I: detectam lesão no músculo cardíaco, essenciais em emergências.
– CK-MB: marcador complementar para diagnóstico de infarto agudo.
– PCR de alta sensibilidade (hs-CRP): identifica inflamações silenciosas associadas a maior risco cardiovascular.
– Lipoproteína(a): exame genético que avalia predisposição hereditária a doenças cardíacas.
– ST2: marcador prognóstico em insuficiência cardíaca.
– H-FABP: detecta infarto precoce, antes mesmo da troponina.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA