Como o cérebro envelhece: neurônios mantêm identidade, mas perdem energia e eficiência

Estudo inédito revela mudanças genéticas e celulares que explicam o declínio cognitivo com a idade

Um estudo inovador publicado na revista Nature trouxe à luz um mapa detalhado do envelhecimento cerebral, analisando cérebros de pessoas desde recém-nascidos até centenários. A pesquisa, que utilizou técnicas avançadas de sequenciamento de célula única, focou no córtex pré-frontal, região do cérebro responsável por funções essenciais como memória, raciocínio e comportamento.

Os resultados mostram que, apesar do envelhecimento, os neurônios preservam sua identidade ao longo das décadas, ou seja, continuam sendo as mesmas células fundamentais para o funcionamento cerebral. No entanto, há uma perda significativa na expressão de genes ligados à manutenção celular, como aqueles responsáveis por energia, metabolismo, transporte e reparação. Essa queda começa a se intensificar a partir dos 40 anos, afetando a eficiência e a vitalidade dos neurônios.

Outro ponto importante revelado pelo estudo é o desequilíbrio entre neurônios excitatórios e inibitórios em cérebros mais velhos. Genes que atuam como “freios” da atividade cerebral, como SST e VIP, apresentam redução, o que pode comprometer a capacidade de inibição neural. Essa alteração está associada ao declínio cognitivo e ao aumento do risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

Durante a infância, o cérebro ainda passa por uma intensa remodelação, com a presença de grupos únicos de neurônios e astrócitos ligados a genes de desenvolvimento. Isso confirma que o córtex pré-frontal continua em maturação mesmo após o nascimento. Com o avanço da idade, células precursoras de oligodendrócitos diminuem, enquanto oligodendrócitos maduros aumentam, indicando uma capacidade limitada de regeneração dos componentes essenciais para a comunicação entre neurônios em idosos.

O estudo também identificou que o cérebro acumula cerca de 15 mutações somáticas por neurônio a cada ano, distribuídas em dois padrões: um relacionado ao desenvolvimento precoce e outro que progride com a idade, associado ao nível de atividade dos genes. Genes curtos e muito ativos sofrem mais danos ao longo do tempo, enquanto genes longos e neuronais parecem contar com mecanismos de proteção que os mantêm estáveis ou até mais ativos em pessoas idosas.

Segundo especialistas, esses achados indicam que o envelhecimento cerebral saudável não está ligado à perda dos neurônios em si, mas sim à diminuição da eficiência dos genes que mantêm essas células funcionando. Isso explica por que o cérebro preserva sua estrutura física, mas perde energia e capacidade de resposta com o passar dos anos.

Além disso, a pesquisa abre caminhos para o desenvolvimento de estratégias preventivas e terapêuticas que possam preservar a saúde cerebral por mais tempo, retardando o declínio cognitivo e reduzindo o risco de doenças neurodegenerativas.

Este estudo pioneiro integra diferentes abordagens genéticas e espaciais para oferecer um verdadeiro mapa do envelhecimento cerebral, trazendo informações valiosas para a compreensão do funcionamento do cérebro feminino e masculino ao longo da vida.

Conteúdo produzido com dados da assessoria de imprensa.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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