Construindo uma Relação Saudável com a Comida desde a Infância

Como hábitos alimentares formados nos primeiros anos impactam a saúde física e mental ao longo da vida

A construção de uma boa relação com a comida começa na infância e é essencial para a saúde física e mental. Os primeiros anos de vida são determinantes para a formação de hábitos alimentares que impactam diretamente a vida adulta. Quando a alimentação é vista apenas como obrigação ou carregada de pressões, a criança perde a oportunidade de se conectar com o alimento de forma natural e prazerosa. É nesse momento que devemos estimular a autonomia, o equilíbrio e a consciência alimentar.

Cuidar do corpo e da mente através da alimentação envolve escolhas simples e consistentes. Valorizar os alimentos naturais e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, arroz e feijão, deve ser prioridade, assim como evitar ultraprocessados e bebidas açucaradas que comprometem o controle da fome e da saciedade. Manter uma rotina com três refeições principais bem estruturadas, incentivar o consumo de água, criar um ambiente tranquilo e sem distrações na hora de comer e ensinar a criança a identificar sinais de fome e saciedade são atitudes que constroem um comportamento alimentar equilibrado e consciente.

O exemplo dos pais e cuidadores também é determinante: quando adultos se alimentam bem, a criança tende a reproduzir esses hábitos. Além disso, conectar os pequenos à cultura alimentar da família e valorizar os saberes culinários reforça a identidade e fortalece a relação positiva com a comida.

A boa nutrição na infância não se reflete apenas no corpo, mas também na saúde mental. Uma alimentação rica em nutrientes contribui para o desenvolvimento do cérebro, regula emoções, melhora o humor e pode ajudar a reduzir quadros de ansiedade e depressão. Crianças que aprendem desde cedo a lidar com a comida de forma equilibrada desenvolvem maior capacidade de lidar com sentimentos, além de fortalecer autoestima e qualidade de vida. Alimentar bem uma criança não é apenas nutrir o corpo, mas também oferecer ferramentas emocionais e cognitivas para que ela cresça com equilíbrio e bem-estar.

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Por Andrezza Botelho

nutricionista

Artigo de opinião

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