Biópsia líquida: o avanço que transforma o diagnóstico e tratamento do câncer
Entenda como um simples exame de sangue está revolucionando a oncologia e personalizando terapias contra o câncer
A biópsia líquida é um dos avanços mais promissores na oncologia moderna, trazendo uma abordagem minimamente invasiva para o diagnóstico e monitoramento do câncer. Com base em dados da assessoria de imprensa da QIAGEN, esse exame inovador permite identificar alterações genéticas por meio de biomarcadores tumorais presentes em amostras de sangue, evitando procedimentos cirúrgicos ou punções invasivas.
Segundo Arthur Silva, especialista em diagnósticos de oncologia, “com uma simples amostra de sangue, conseguimos acessar informações que antes só eram possíveis com uma cirurgia ou punção invasiva. Isso nos permite antecipar diagnósticos, acompanhar a resposta ao tratamento e personalizar a terapia de acordo com o perfil molecular do tumor de cada paciente.” Essa capacidade coloca a medicina de precisão ao alcance do dia a dia clínico, tornando o tratamento do câncer mais eficaz e individualizado.
Os biomarcadores são moléculas liberadas pelas células tumorais, como fragmentos de DNA e RNA circulantes no sangue, além de células tumorais inteiras. O DNA tumoral circulante pode revelar mutações essenciais para orientar terapias-alvo e indicar resistência a medicamentos. Já as células tumorais circulantes fornecem informações sobre a biologia da doença e o risco de metástases, enquanto o RNA circulante ajuda a entender processos celulares ativos. “Esses biomarcadores são pistas que o câncer deixa no organismo. Ao identificá-los e monitorá-los, conseguimos enxergar a dinâmica da doença de forma muito mais completa”, explica Silva.
Para analisar esses biomarcadores, diferentes tecnologias são utilizadas. Entre elas, o PCR em tempo real identifica alterações genéticas específicas com rapidez e sensibilidade, enquanto o PCR digital detecta mutações raras em meio a grandes quantidades de DNA saudável, oferecendo maior precisão. O sequenciamento de nova geração (NGS) fornece um panorama abrangente das alterações genômicas do tumor, decisivo para a escolha de terapias personalizadas. Além disso, métodos que estudam diretamente as células tumorais circulantes e a análise de exossomos — pequenas vesículas que carregam DNA, RNA e proteínas — aprofundam o entendimento sobre a agressividade e disseminação da doença.
Cada técnica tem sua aplicação clínica: o PCR digital é ideal para monitorar a resposta a terapias direcionadas e detectar resistência precoce, enquanto o NGS oferece uma visão completa do perfil genético do tumor, possibilitando estratégias altamente personalizadas. A análise de células tumorais circulantes e exossomos ajuda a compreender a progressão e o comportamento metastático do câncer.
Um dos maiores benefícios da biópsia líquida é a possibilidade de repetição frequente do exame durante o tratamento, algo inviável com a biópsia tradicional de tecido. Isso permite um acompanhamento mais dinâmico e eficaz da doença, colocando a medicina personalizada cada vez mais próxima da prática clínica diária. Como conclui Arthur Silva, “por meio dessas tecnologias que ampliam a capacidade de detecção e interpretação dos sinais do câncer, a medicina personalizada sai cada vez mais da teoria para a prática clínica, um avanço que soma grandes esforços na luta e tratativa da doença.”

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA