Setembro Verde: Brasil bate recorde com mais de 30 mil transplantes de órgãos em 2025
Dados inéditos reforçam a importância da doação e os desafios dos procedimentos complexos no SUS
Setembro Verde é o mês dedicado à conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos, e em 2025, essa campanha ganha ainda mais relevância com a divulgação de dados históricos no Brasil. Segundo informações da assessoria de imprensa, o Ministério da Saúde registrou um recorde de mais de 30 mil transplantes realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), representando um aumento de 18% em relação ao ano anterior.
O Brasil já realizou 3.408 transplantes somente em 2025, com destaque para os órgãos mais transplantados: rim (2.292), fígado (874) e coração (151). Apesar do avanço, a fila de espera ainda é grande, com 46.116 pessoas aguardando o procedimento, sendo que 42.661 esperam por um rim. Esses números evidenciam a importância da doação para salvar vidas e melhorar a qualidade de vida de muitos pacientes.
O urologista Dr. Emanuel Reis Botelho, da Afya São João Del Rei, explica que os pacientes que aguardam um transplante renal enfrentam uma espera longa e emocionalmente desgastante. “Frequentemente, eles apresentam comorbidades como diabetes e hipertensão, o que eleva o risco cirúrgico”, destaca. Além disso, a dificuldade em encontrar um doador compatível, principalmente na ausência de doadores vivos, torna o processo ainda mais desafiador.
A cirurgia de transplante é altamente complexa e exige uma equipe multidisciplinar experiente. Um dos momentos mais críticos é a reconexão precisa dos vasos sanguíneos, realizada por urologistas e cirurgiões vasculares, essencial para o sucesso do procedimento. A agilidade durante a cirurgia é fundamental para evitar complicações pós-operatórias, pois o tempo entre a retirada do órgão do doador e sua implantação no receptor deve ser o menor possível.
Outro ponto importante é a compatibilidade entre doador e receptor. São realizados testes para verificar o tipo sanguíneo (sistema ABO) e a compatibilidade HLA, proteínas que ajudam o sistema imunológico a identificar o órgão como próprio ou estranho. Dr. Emanuel ressalta que “quando se consegue um doador vivo compatível, os resultados cirúrgicos tendem a ser significativamente superiores, e o órgão transplantado apresenta uma qualidade geralmente melhor em comparação com órgãos provenientes de pacientes em morte encefálica.” Por isso, a doação em vida é sempre preferida quando possível.
O avanço nos transplantes no Brasil mostra o impacto positivo da solidariedade e da conscientização sobre a doação de órgãos. O Setembro Verde reforça a importância de cada gesto para transformar vidas e oferece esperança a milhares de pessoas que aguardam por um novo começo.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA