Estresse da Guerra na Ucrânia: Impactos Comportamentais Confirmados por Refugiados em Portugal

Estudo revela aumento significativo de fatores de risco psicológico e comportamental decorrentes do conflito ucraniano, evidenciado por relatos diretos de refugiados.

A guerra na Ucrânia tem provocado uma explosão de fatores de risco comportamental que afetam diretamente a saúde mental dos indivíduos envolvidos, especialmente dos refugiados que buscam abrigo em países como Portugal. Um estudo recente conduzido pelo Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH) confirma que o estresse gerado pelo conflito não se limita apenas ao trauma imediato da violência, mas se estende a uma série de comportamentos de risco que comprometem o bem-estar psicológico a médio e longo prazo.

Os relatos coletados junto aos refugiados em Portugal evidenciam um aumento significativo em sintomas como ansiedade, depressão, insônia e alterações no apetite, além de comportamentos autodestrutivos e dificuldades de adaptação social. Esses fatores são agravados pela incerteza quanto ao futuro, a perda de familiares e a ruptura das redes de apoio tradicionais. A análise neurocientífica sugere que o impacto do estresse crônico desencadeado pela guerra altera circuitos cerebrais relacionados à regulação emocional e ao controle dos impulsos, o que explica o aumento dos comportamentos de risco observados.

Além disso, a situação dos refugiados destaca a importância de políticas públicas que ofereçam suporte psicológico e social adequado, visando mitigar os efeitos negativos do trauma e facilitar a reintegração dessas pessoas em suas novas comunidades. O acompanhamento contínuo e o desenvolvimento de estratégias de intervenção baseadas em evidências são fundamentais para evitar que o estresse pós-guerra se transforme em um problema crônico de saúde pública.

Este cenário reforça a necessidade de uma abordagem multidisciplinar que envolva neurociência, psicologia, assistência social e políticas humanitárias para enfrentar os desafios impostos pela guerra na Ucrânia. A compreensão aprofundada dos fatores de risco comportamental e a escuta ativa dos refugiados são passos essenciais para promover a resiliência e a recuperação dessas populações vulneráveis.

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Por Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues

neurocientista luso-brasileiro, diretor do Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH), presidente da ISI Society, detentor do recorde de maior QI da Península Ibérica (160 pontos na Escala Wechsler), fundador do Genetic Intelligence Project (GIP)

Artigo de opinião

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