A importância do apoio à saúde emocional dos líderes para o sucesso empresarial
Como o equilíbrio emocional da liderança impulsiona o engajamento, reduz a rotatividade e garante resultados sustentáveis
Com 70% dos brasileiros afetados pelo estresse, o cuidado com a saúde mental dos executivos torna-se essencial para a sustentabilidade das empresas. Estudos da Deloitte mostram que companhias que investem em bem-estar têm 33% mais chances de atingir metas, enquanto a Gallup aponta 23% mais engajamento e 43% menos rotatividade em equipes apoiadas. Para Carla Martins, vice-presidente do SERAC, o equilíbrio emocional da liderança é hoje um fator estratégico para manter equipes fortes e resultados duradouros.
A saúde mental tornou-se prioridade nas empresas brasileiras. Pesquisa da International Stress Management Association (ISMA-BR) revela que sete em cada dez brasileiros sofrem com estresse, especialmente os executivos submetidos a jornadas intensas e decisões de grande impacto.
Estudos da Deloitte indicam que organizações que investem em bem-estar têm até 33% mais chances de cumprir metas, enquanto dados da Gallup mostram que equipes apoiadas registram 23% mais engajamento e 43% menos rotatividade, evidência de que o equilíbrio emocional das lideranças influencia diretamente a produtividade e a retenção de talentos.
Carla Martins, especialista em gestão de pessoas, avalia que o autocuidado será decisivo para os próximos anos. “A liderança equilibrada, que une desempenho e bem-estar, garante a sustentabilidade das empresas, já que executivos que negligenciam a própria saúde tornam-se mais suscetíveis ao esgotamento, enquanto aqueles que preservam uma rotina equilibrada inspiram confiança, fortalecem suas equipes e elevam a produtividade”, pontua.
O desafio das lideranças é conciliar as pressões atuais do momento econômico com o cuidado pessoal. “Cuidar de si mesmo não é sinal de fraqueza, é estratégia de negócio. Líderes equilibrados sustentam equipes mais fortes e, consequentemente, resultados mais duradouros”, diz a especialista.
Por isso, Carla aponta alguns cuidados que os empresários podem adotar no dia a dia:
– Inclua pausas estratégicas: pequenos intervalos ao longo do expediente mantêm a clareza e reduzem a fadiga mental.
– Priorize saúde mental: programas de apoio psicológico e rodas de conversa ajudam a prevenir o burnout.
– Lidere pelo exemplo: gestores que equilibram vida pessoal e profissional inspiram maior engajamento da equipe.
– Foque nos ganhos mensuráveis: segundo a Gallup, colaboradores que se sentem apoiados têm 23% mais engajamento e até 43% menos rotatividade.
“A saúde mental ocupará lugar central nas empresas, com a inclusão obrigatória de fatores psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos, o que exige dos líderes ações concretas de cuidado com suas equipes. O mercado de soluções para gestão do estresse deve quase dobrar, chegando a US$ 141,3 milhões, segundo a Grand View Research. Isso mostra que investir em bem-estar deixou de ser um diferencial e passou a ser condição para garantir competitividade e sustentabilidade”, finaliza Carla Martins.
Por Carla Martins
Vice-presidente do SERAC, contabilista, formada em Marketing pela ESPM, pós-graduada em Big Data e Marketing, especialista em gestão de pessoas, atua direcionando crescimento sustentável de negócios e empreendedorismo feminino
Artigo de opinião